PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - PATO BRANCO MAIO 2009 1 - COLEGIO ESTADUAL SÃO ...

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PROJETO
 POLÍTICO
PEDAGÓGICO

   PATO BRANCO
    MAIO – 2009

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO.............................................................................................03
2. INTRODUÇÃO...................................................................................................04
2.1 Identificação e localização do Estabelecimento Escolar..................................04
2.2 Histórico do Colégio Estadual São João .........................................................04
2.2.1Realidade Sócio­Econômico da Comunidade Escolar .................................05
3. OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral .................................................................................................07
3.2 Objetivos Específicos ......................................................................................07
4. MARCO SITUACIONAL....................................................................................08
4.1 Análise das contradições e conflitos existentes na prática docente................09
5. MARCO CONCEITUAL ....................................................................................10
5.1 Organização Interna da Escola........................................................................13
5.2 Gestão Democrática: acesso permanência, capacitação
continuada dos educadores e qualidade na aprendizagem................................. 14
5.3 Currículo da Escola Pública.............................................................................16
5.4 Configuração da Matriz Currricular .................................................................20
5.5 Trabalho Coletivo.............................................................................................20
5.5.1 Prática Transformadora:Pedagogia Progressista.........................................20
5.5.2 O que a escola pretende do ponto de vista político pedagógico..................20
6. MARCO OPERACIONAL .................................................................................42
6.1 Redimensionamento da organização do trabalho pedagógico........................20
6.2 Gestão Democrática........................................................................................20
6.2.1 O papel específico de cada segmento da comunidade escolar...................20
6.2.2 Instâncias Colegiadas e seu papel...............................................................20
6.3 Desafios Educacionais e Contemporâneos.....................................................20
6.4 Recuperação Paralela.....................................................................................20
6.5 Recursos que a escola dispõe para realizar seu projeto.................................20
6.6 Critérios de elaboração do calendário escolar,horários letivos e não letivos.......20
6.7 Critérios para elaboração e utilização dos espaços educativos......................20
6.8 Critérios para organização de turmas e distribuição por professor, em
razão de especificidades.......................................................................................20
6.9.Diretrizes para avaliação de desempenho do pessoal docente; do currículo.
Das atividades extracurriculares e do projeto político pedagógico........................20
6.9.1 Avaliação Institucional...................................................................................20
6.9.2 Avaliação da Proposta Curricular .................................................................20
6.9.3 Avaliação do Projeto Político Pedagógico....................................................20
6.10 Intenção de acompanhamento aos Egressos................................................20
6.11 Práticas Avaliativas – Sistema de avaliação formativa

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1. APRESENTAÇÃO

         Encontramo­nos em um momento histórico em que as mudanças ocorrem
de forma cada vez mais rápida, principalmente por causa da velocidade com que
as informações e o conhecimento chegam até nós, o que nos faz refletir sobre as
mudanças ocorridas também na educação formal.
         Neste momento de transição nos deparamos com o ser humano na busca
de caminhos e direções com anseios de encontrar referências sólida e
significativa.
         O Colégio Estadual São João frente às necessidades encontradas, ao
construir seu Projeto Político Pedagógico buscou junto à comunidade escolar
alternativas para o pleno desenvolvimento educacional de nossos educandos com
objetivo da formação para cidadania, onde estes possam adquirir conhecimentos
relevantes para sua vida pessoal e profissional.
         Assim procura­se discutir também questões essenciais para o trabalho
pedagógico, desde o tipo de cidadão que se quer formar até a sociedade em que
se pretende viver.

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2 INTRODUÇÃO

        2.1 Identificação e localização do Estabelecimento Escolar

         O Colégio Estadual São João – Ensino Fundamental e Médio localiza­se
na Rua Helena Pozza, s/nº, bairro Alto da Glória na cidade de Pato Branco,
periferia do município, sendo o Colégio Estadual São João pertencente ao NRE
de Pato Branco e mantido pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná –
SEED.

         2.2 Histórico do Colégio Estadual São João

         O Colégio Estadual São João – EFM surgiu da necessidade de atender
alunos do bairro São João que fora criado para desfavelizar a margem da BR
3733, haviam cerca de 40 famílias em condições precárias residindo nessa
comunidade.
         Mantida pela Secretaria de Estado da Educação, criada pela resolução nº
5330/94 de 03/11/1994, iniciou suas atividades no ano letivo de 1996, com o 1º
grau regular, através de implantação gradativa.
         Inicialmente o Colégio funcionou nas instalações inadequadas da Escola
Municipal São Francisco de Assis.
         Começou as atividades sob a resolução 863/96 no ano de 1996 com a 5º
série diurna e em seguida, deu­se a abertura das séries no período noturno sob a
direção temporária da escola municipal.
         Em 1997, a prof. Marilene de Lourdes Gomes da Silva foi convidada pelo
Núcleo de Educação para exercer a direção a qual no final deste ano através de
eleições permaneceu no cargo desenvolvendo as atividades nos períodos diurno
e noturno. Iniciou­se neste ano também turma de correção de fluxo com
continuação no ano de 1998. As aulas aconteceram nas instalações precárias de
prédio até 2004.
         A partir de 2005 a comunidade foi contemplada com a construção de uma
moderna escola, não mais no bairro São João, mas no bairro Alto da Glória, o
qual teve implantado também a modalidade de ensino médio. O novo ambiente
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renovou os ânimos dos alunos, professores, funcionários e principalmente os pais
que sentiram a valorização de seus filhos. O Colégio Estadual São João esteve
sob direção do prof. Antonio Carlos de Souza e vice­direção da prof. Marilene de
Lourdes Gomes da Silva no periodo de 2006 a 2008.
        Atualmente o Colégio está sob direção da prof. Loraci Soares Chaise e
vice­direção da prof. Jociane Luzia Góss Menetrier e atende alunos do ensino
fundamental de 5ºa 8º series nos períodos da manhã, tarde e noite e ensino
médio nos períodos da manhã e noite,também são ofertados o projeto 2° tempo ,
Viva Escola, Sala de Recurso e Sala de Apoio de Português e Matemática.

       2.2.1 Realidade Sócio­Econômico da Comunidade Escolar

        O Colégio Estadual São João por encontrar­se localizado no bairro Alto
da Glória, periferia do nosso município enfrenta problemas singulares como
evasão escolar e preconceito por eles sofrido por residirem nos bairros de
periferia, déficit significativo de atenção, concentração, disciplina e aprendizagem
devido a desestruturação cultural e a renda familiar.
        Devido a situação sócio­econômico da comunidade aonde existem ainda
situações precárias de moradias, saneamento e alimentação, enfrentamos
enquanto corpo docente acontecimentos relevantes na vida escolar de muitos
alunos. Famílias que residem em barracos, sem água e esgoto em casa, vivendo
de doações ainda é uma realidade encontrada, bem como o difícil deslocamento
dos alunos do período noturno por falta de iluminação publica e segurança, bem
como    o    alto   índice   de   famílias   que    mudam     constantemente     de
residência,bairro,Município e Estado em busca de oportunidades de trabalho e
melhores condições de vida o que também dificulta a continuação no processo
educacional.
        O Colégio absorve alunos oriundos de famílias com renda mínima inferior
ou aproximadamente, a um salário, com 40% dos pais e 70% das mães
desempregados, muitas destas famílias vivem de auxílios de bolsa família e ajuda
de outras entidades sociais, religiosas e assistenciais.

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A comunidade que envolve os bairros do qual pertencem os educandos,
tem características comportamentais peculiares, demonstrando desmotivação
pelas atividades escolares devido a baixa auto­estima oriunda das condições
culturais e sociais. Por estas razões existem situações de crianças e adolescentes
que entram no mundo adulto muito cedo, lutando pela sobrevivência e nem
sempre percorrendo caminhos lícitos como: drogas,assaltos,exploração sexual,
entre outros causando dessa forma transtornos a comunidade, bem como aos
trabalhadores da educação do Colégio Estadual São João que sentem­se
inseguros em relação às situações ocorridas, os quais procuram resgatar esses
alunos.Os profissionais da educação que trabalham na escola são contratados
pelas seed, residentes no municipio e municipios arredores de nivel sócio­
economico médio, todos devidamente habilitados .Fazem parte do quadro de
funcionários do Colégio São João:

     CARGO          QUANTIDADE            FUNÇÃO             ESCOLARIDADE
Agente de Apoio            01         Secretária          Ensino Superior
                                                          Incompleto (cursando)
Agente de Apoio            03         Técnico             Ensino Superior
                                      Administrativo      Completo
Agente de Apoio            01         Assistente de       Ensino Superior
                                      Execução            Incompleto(cursando)
Agente de Apoio            07         Serviços Gerais     Ensino Fundamental e
                                                          Médio
Direção                    01         Diretora            Especialista
Direção                    01         Diretora Auxiliar   Especialista
Professor                  03         Pedagoga            Especialistas
Professor                  03         Professor           Ensino Superior
                                                          Completo
Professor                  39         Professor           Especialista
Professor                  02         Professor           Mestrado

                                                                                  6
3 OBJETIVOS

       3.1 Objetivo Geral

       Garantir a aprendizagem essencial para a formação de cidadãos
autônomos, conscientes críticos e participativos, capazes de atuar e transformar a
sociedade em que vivem.

        3.2 Objetivos Específicos

    Possibilitar    ao   educando   o   conhecimento    progressivo   das   suas
      potencialidades, nas dimensões biológicas, psicológicas, sociais e
      espirituais.
    Desenvolver a inter­relação pessoal e inserção social, na busca do

      conhecimento e do exercício da cidadania.
    Promover as relações humanas de toda comunidade escolar, de forma que

      todos se integrem vivenciando valores, atitudes, ideais para a plena
      formação do cidadão.

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4. MARCO SITUACIONAL

        A sociedade atual passa por um processo de busca de valores e
encontra­se de certa forma desorientada. Esta situação torna­se clara nas salas
de aula, onde alunos se apresentam desmotivados, professores encontram­se
despreparados para enfrentar situações conflitantes e as inovações tecnológicas
constantes.
        Sabemos que nenhuma mudança acontece em uma sociedade sem a
presença da escola. É ela que nos dá o alicerce para as mudanças, nos dá
ferramentas para construção de um mundo justo, com perspectivas para todos,
onde o rico e o pobre possuem o mesmo potencial e podem ser avaliados sem
distinção.
        “O aprender contínuo é essencial e se concentra em dois pilares: a
própria pessoa como agente e a escola como lugar e crescimento profissional
permanente”. (NOVOA, Antonio, Revista Escola, 08/2002, pág. 23).
        A busca por mudanças nos faz acreditar que apesar de todos os
problemas e dificuldades encontradas, há caminhos que podem ser percorridos.
        A realidade brasileira vem passando por mudanças e compreender o
papel da educação como elemento de transformação social sendo a educação
fundamental para definir estratégias na sociedade como um todo.
        O Colégio São João a partir da realidade já descrita busca acompanhar
os avanços da aprendizagem dos alunos enquanto sua significância na formação
de sujeito que, instrumentalizados culturalmente, tenham consciência de sua ação
transformadora à realidade histórico­social.
        “Educação é uma prática social que não muda o mundo, mas o mundo
pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas relações de trabalho. A
educação é um processo histórico de criação do homem para a sociedade e
simultaneamente de modificação da sociedade para benefício do homem.” (Pinto,
1994)
        Fundamentados na tendência pedagógica histórico­crítica o Colégio
Estadual São João, compreende que através da educação é que se encontra a
possibilidade de transformação social, a educação possibilita a compreensão da

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realidade histórica social e explicita o papel do sujeito construtor/transformador
dessa mesma realidade.
        A escola tem papel decisivo no processo de socialização, a diferença
qualitativa do trabalho escolar é que este processo será mediado pelo
conhecimento histórico.
        É necessária que no processo de transmissão de conhecimento, pelo
educador, o conteúdo seja compreendido pelo aluno com a possibilidade
avançada de explicação. O diálogo estabelecido entre professor e aluno deverá
ter sempre, como ponto de partida, o conhecimento na perspectiva da história,
tornando­os cidadãos letrados.
        Como diz Demo (1992, pág. 25):
        “O que marcaria a modernidade educativa seria a didática do aprender ou
do saber pensar, englobando num todo só a necessidade de apropriação do
conhecimento disponível e seu manejo criativo e crítico...”.

4.1 Análise das contradições e conflitos presentes na prática docente

        A escola vem passando por momentos de reflexão e transformação da
prática pedagógica docente, buscando alternativas para os problemas reais
encontrados no colégio.
        A indisciplina e a evasão escolar desestruturam nosso ambiente
educacional, bem como o desrespeito com professores em sala de aula, a falta de
participação no desenvolvimento das atividades propostas, a negação em fazer
trabalhos, avaliações e até mesmo atividades diferenciadas, traz como
consequência uma baixa compreensão dos conteúdos e reprovações. A evasão
escolar que percebemos ser próprio da cultura da comunidade é muito grande, o
que também desfavorece o aprendizado, este vem sendo combatido com
conscientização,    práticas     pedagógicas    diferenciadas   e   atrativas   e
encaminhamento ao FICA, programa do Estado em parceria com o Conselho
Tutelar e NRE, e os problemas comportamentais e educacionais estão sendo
desenvolvidos com projetos, aulas diferenciadas, uso de recursos didáticos,
pedagógicos e tecnológicos diversificados entre outros.

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5. MARCO CONCEITUAL

          A   organização   das   sociedades     democráticas   demanda       cidadãos
conscientes e participativos e para que os objetivos educacionais aconteçam o
Colégio Estadual São João aborda as seguintes CONCEPÇÕES:
          Sociedade: A sociedade é um agrupamento tecido por uma serie de
relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências
individuais do homem, havendo uma interdependência em todas as formas das
atividades humanas, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais e
produzindo bens, garantindo a base econômica.
          Segundo (PINTO, 1994) a sociedade é mediadora do saber e da
educação presente no trabalho concreto dos homens, que criam novas
possibilidades de cultura e agir social a partir das contradições geridas pelo
processo de transformação da base econômica.
          A escola em sua função social e a natureza do trabalho educativo deve
tomar a iniciativa e fazer com que o educando saiba em qual sociedade esta
inserido, sendo assim, saberá tomar decisões, participar em grupos, ser membro
ativo da sociedade em todos os processos decisórios que dizem respeito a sua
vida.
          Homem: O homem é um ser natural e social, que age na natureza
transformando­a conforme suas necessidades, envolvendo múltiplas relações em
determinado     momento     histórico,   assim   acumula   experiências   e    produz
conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo trabalho,
produzindo bens materiais e não materiais que são apropriados de diferentes
formas.
          O homem atua e interfere na sociedade, se encontra com o outro nas
relações familiares, comunitárias, produtivas, política, garantindo sua participação
ativa e criativa as diversas esferas da sociedade.
          Segundo (SANTORO), o homem é aquele que na sua convivência
coletiva compreende suas condições existenciais, transcende­as e reorganiza­as,
caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva.

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Conhecimento: O Conhecimento é uma atividade humana que busca
explicitar as relações entre homem e a natureza, sendo produzido nas relações
sociais mediada pelo trabalho.
         Conforme (FREIRE, 2003, P.59) o conhecimento é sempre conhecimento
de alguma coisa, é sempre intencionado, isto é, está sempre dirigido para alguma
coisa.
         O conhecimento humano adquire diferentes formas: senso comum,
científico, teológico, estético e filosófico, pressupõe diferentes concepções, muitas
vezes antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e o sobre o próprio
conhecimento.
         Educação: É uma pratica social, que muda o mundo, mas o mundo pode
ser mudado pela sua ação na sociedade e nas relações de trabalho. A educação
é um processo histórico de criação do homem para a sociedade e
simultaneamente de modificação da sociedade para beneficio do homem.
(PINTO, 1994).
         A educação representa a própria historia individual do ser humano e da
sociedade em sua evolução. Pois é um processo construtivo do ser humano, ela
visa formar ao ser humano para gestar uma educação aberta.
         Suas finalidades são voltadas para o aperfeiçoamento do homem que
dela necessita para constituir­se e transformar a realidade.
         Escola: É um espaço público para convivência, ambiente de aprendizado,
troca de conhecimentos, lugar alegre que se faz amigo.
         A escola e as aprendizagens a que se destina, antes de serem objetos
concretos de nosso saber e nosso querer, estão prefigurados no imaginário
social, no campo simbólico da fantasia, onde se espelham o mundo dos
possíveis.
         Tecnologia: A tecnologia tem um impacto significativo não só na
produção de bens e serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos
padrões culturais existentes.
         A tecnologia é uma ferramenta sofisticada e alternativa no contexto
educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento das desigualdades, ou
para a inserção social, se vista como forma de estabelecer mediações entre o
aluno e o conhecimento em todas as áreas.

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Segundo (MACHADO, 2002) é preciso implementar no sistema
educacional uma pedagogia mediante a qual não apenas se reforme o
ensinamento, mas que também facilite a aprendizagem.
        Cidadania: É um processo histórico – social que capacita            a massa
humana a ter condições        de consciência, de organização, de elaboração de
projetos de praticas onde passa a ser sujeito histórico do seu próprio destino.
        A construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação
de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos
de direitos e deveres.(MARTINS, 2000, p.530)
        No momento o grande desafio é dar condições ao povo brasileiro de se
tornar cidadão consciente, organizado e participativo do processo de construção
político­social e cultural.
        Ensino­Aprendizagem: O processo de ensino­aprendizagem está
centrado no educando e compreende a organização do ambiente educativo, a
motivação     dos    participantes,   a   definição   do   plano   de   formação,   o
desenvolvimento das atividades de aprendizagem e a avaliação. Constitui
essencialmente o trabalho escolar, pois deve partir do conhecimento prévio e
experiências que cada aluno traz consigo. O professor deve realizar os
ensinamentos de forma que o aluno possa absorver prazerosamente e dessa
forma assegurar a produtividade do processo ensino­aprendizagem, de forma que
o aluno possa querer aprender.
        Avaliação: O propósito de uma avaliação educacional é fornecer
subsídios para que os responsáveis pela coordenação e desenvolvimento de
ações educativas possam tomar decisões que permitam o aperfeiçoamento de
processos e condições de ensino.
        A avaliação, do ponto de vista critica, não pode ser instrumento de
exclusão de alunos provenientes das classes trabalhadoras. Portanto deve ser
democrática, deve favorecer o desenvolvimento da capacidade do aluno de
apropriar­se de conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos
historicamente e deve ser resultante de um processo coletivo da avaliação
diagnóstica, (VEIGA, 2005, p.32).

                                                                                    12
No processo de ensino­aprendizagem a avaliação possui a finalidade de
acompanhar o processo de construção coletiva e individual da aprendizagem,
julgar e atribuir valor a aprendizagem significativa do aluno.
          Segundo (VILLAS BOAS, 2001) É possível construir o entendimento de
avaliação formativa como a que promove o desenvolvimento não só do aluno,
mas também do professor e da escola.
          Por isso, abandona­se a avaliação unilateral pela qual o aluno é avaliado
apenas pelo professor de forma classificatória, punitiva e excludente. A avaliação
tem a função de possibilitar o acompanhamento dos avanços/dificuldades no
processo de construção coletiva e individual, a fim de procurar soluções para as
dificuldades e proporcionar aprendizagem, com isso a avaliação formativa
pressupõe relevar a significância na formação de sujeitos que, instrumentalizados
culturalmente tenham consciência de sua ação transformadora da realidade
histórico­social.
          Democratizar a avaliação não teria sentido se não democratizasse a
relação professor­aluno, tornando­a mais comunicativa, igualitária e dialogadora,
democratizando realmente a convivência e utilizando informações e dados
resultantes das avaliações para melhorar todos os elementos que intervêm no
processo educativo. (BATALLOSO. 1995)
          A construção de uma prática avaliativa democrática deve estar
fundamentada nos princípios da participação, da transparência, da cooperação,
do respeito, da igualdade, da autonomia, da emancipação e da inclusão.

          5.1 Organização Interna da Escola

          O Colégio Estadual São João tem sua organização escolar por séries, isto
é, que vincula o aluno ao conjunto das disciplinas, no período de um ano.
          O colégio oferta os níveis do ensino Fundamental e ensino Médio, que se
compõem na organização abaixo:

          Fundamental:
          Manhã:03 turmas + 02 turmas de sala apoio + 01 turma de sala de
recurso
        Tarde: 04 turmas + 01 turma de sala de recurso

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Noite: 04 turmas

       Médio:
       Manhã: 01 turma
       Noite: 03 turmas

        Horário de funcionamento:
        Manhã: 7:30hs às 11:40hs
        Tarde: 13:15hs às 17:35hs
        Noite: 18:50hs às 23:00hs

       5.2 Gestão Democrática: acesso permanência,                       capacitação
continuada dos educadores e qualidade na aprendizagem

        A nova ordem mundial se reflete diretamente no sistema educacional, em
especial na gestão da educação num contexto de novas exigências de recursos
humanos qualificados e sintonizados com as necessidades da democratização da
sociedade. Nesse processo não se pode desvincular a gestão democrática na
escola. Encontramos­nos numa época de gestão centrada nos princípios
democráticos. Esse processo demanda não só uma mudança no conceito de
gestão, mas da própria pratica social da escola.
        A concepção de gestão vem incorporando os princípios democráticos,
que constitui um aprendizado que se processa no nível das instituições sociais, e
que se expressa por suas práticas políticas e culturais.
        Sociedade e escola estão dialeticamente constituídas. A escola como
espaço privilegiado de intervenção traz na sua essência pedagógica a
possibilidade de construção de novos paradigmas e práticas que priorizem a via
democrática na escola e na sociedade.
        A   gestão   democrática    exige   uma    ruptura   histórica    na   prática
administrativa da escola, necessitando de compreensão profunda dos problemas
postos pela pratica pedagógica, ela busca a socialização através da pratica
coletiva, da reciprocidade, solidariedade, e da autonomia.

                                                                                    14
Segundo (MARQUES, 1990, p.21) A participação ampla assegura a
transparência das decisões, fortalece as pressões para que sejam elas legitimas,
garante o controle sobre os acontecimentos e, sobretudo, constitui para que
sejam contempladas questões de outra forma não entrariam em cogitação.
           O que deixa claro perceber que a gestão democrática no interior da
escola para ser consolidado necessita de participação critica de toda comunidade
escolar.
           A cultura democrática cria­se com prática democrática. Os princípios e as
regras dessa prática, embora ligados a natureza universal dos valores
democráticos, têm uma especificidade intrínseca a natureza do projeto político
pedagógico de cada escola ou sistema escolar. A escola não é democrática só
por sua prática administrativa. Ela torna­se democrática por sua ação pedagógica
essencialmente educativa. Por isso a escola como instancia educativa de
articulação de projetos pedagógicos partilhados pela direção, professores, alunos
e comunidade. Na escola não há lugar para burocratas nem súditos. Nela todos
os envolvidos são considerados cidadãos, atores participantes de um processo
coletivo de fazer educação. Educação que constrói a partir de suas organizações
e processos, a cidadania e a democracia. ( BORDIGNON,1993. p. 85­86).
           A democratização da educação requer igualdade de oportunidades a
todos do processo educacional, igualdade de condição para o acesso e
permanência na escola, como alerta (SAVIANE, 1982 p.63) Há uma desigualdade
no ponto de partida, mas a igualdade no ponto de chegada e esta deve ser
garantida pela mediação da escola.
           A qualidade do ensino ofertado na escola tem como principio formar
cidadãos ativos, por isso é fundamental valorizar a formação continuada dos
docentes da instituição escolar.
           O reforço à valorização dos profissionais da educação, garantindo­lhes
direito    a   aperfeiçoamento   profissional   permanente,   significa   valorizar   a
experiência e o conhecimento que os professores têm a partir de usa prática
pedagógica. (VEIGA e CARVALHO 1994, p.51).
           Os docentes devem estar preparados para a arte de ensinar, por isso o
Colégio Estadual São João incentiva a formação continuada dos profissionais da

                                                                                      15
educação, visto que a reflexão permanente da prática educativa traz mudanças e
adequações ao currículo escolar.
        É o que afirmam (VEIGA e CARVALHO, 1994 p.50 ) O grande desafio da
escola, ao construir sua autonomia, deixando de lado seu papel de mera
“repetidora” de programas de “treinamento” é ousar assumir o papel predominante
na formação dos profissionais.

       5.3 Currículo da Escola Pública

        A nova formulação curricular do Ensino Fundamental e Médio procura
atender realidade da escola pública com base em uma visão tripartite dessa
política educacional: currículo, formação de professores e gestão. Analisa,
sobretudo, o processo de diversificação e flexibilização na nova organização
curricular e a formulação da estrutura curricular escolarizada, destacando os
conceitos de interdisciplinaridade e de contextualização, bem como os acertos e
desacertos da proposta curricular atual.
        Acreditamos que toda mudança curricular é parte de uma política de
desenvolvimento do país, e, portanto, o currículo deve expressar coerência e
articulação com esse projeto. Isso explica, em grande parte, porque o
planejamento curricular está adquirindo centralidade nas reformas educativas. Por
isso busca o ideário de diversificação e flexibilização curricular, como forma de
estabelecer um modelo educacional flexível de atendimento às diferentes
clientelas; baseando­se na autonomia da escola e do aluno na adequação
curricular, favorecendo o processo formativo contextualizado.
        O Colégio Estadual São João construirá a estrutura curricular para o
Ensino Fundamental e Médio coletivamente em cada disciplina da grade
curricular, precedida nesta, os agentes escolares que devem levar em
consideração as diversas dimensões da autonomia da escola: a pedagógica, a
administrativa, a jurídica e a financeira.
        Todos esses aspectos devem se fazer­se acompanhar de relações
democráticas e horizontais no interior da escola e da sala de aula. Como formar o
indivíduo autônomo e democrático, que partícipe da vida social, tendo a escola
como local privilegiado para essa formação.
                                                                               16
Na nova formulação curricular, definida pelo MEC e pelo CNE, as
propostas de currículos, a serem desenvolvidas pelas escolas, devem incluir
competências básicas, conteúdos e formas de tratamento dos conteúdos
coerentes com os princípios pedagógicos de identidade, diversidade e autonomia,
e também os princípios de interdisciplinaridade e contextualização, adotados
como estruturadores do currículo do Ensino Fundamental e Médio. A
interdisciplinaridade, que abriga uma visão epistemológica do conhecimento, e a
contextualização, que trata das formas de ensinar e aprender deve permitir a
integração do currículo:

       5.4 Configuração da Matriz Curricular ano 2009.

                   Matriz Curricular do Ensino Fundamental
                           Período: Matutino e Vespertino

                                                                             17
Matriz Curricular do Ensino Fundamental
           Período : Noturno

                                          18
Matriz Curricular do Ensino Médio
                          Período: Matutino e Noturno

        5.5 Trabalho Coletivo

        A construção da estrutura educacional do Colégio São João vem sendo

realizada com empenho coletivo de todos participantes do processo educacional e

para concretizar essas ações alicerçar os princípios democráticos, valorizando a

interação, o dialogo, a autocrítica, a autonomia e a descentralização do poder.

        O trabalho coletivo é definido por (GUÉDEZ, 1982) como um recurso
teórico­metodológico que explicita os propósitos, as normas e os suportes
epistemológicos de uma concepção educativa. Esse trabalho deve ser flexível e
apoiar a tradução das ações a que serve.

                                                                                  19
Para que se efetive o trabalho coletivo no colégio busca­se discutir temas
relevantes em conjunto, tomar decisões coletivas e envolver toda comunidade na
efetivação dos objetivos propostos.
       Os gestores do colégio, a equipe pedagógica e docentes por serem
profissionais aptos a desenvolverem suas atividades, vêm buscando unir forças
para a plena efetivação do trabalho pedagógico no processo ensino­
aprendizagem dos nossos educandos.

        5.5.1 Prática Transformadora:Pedagogia Progressista

       A educação possibilita a compreensão da realidade histórico social e
explicita o papel do sujeito transformador dessa realidade. A escola tem sido o
local onde o conhecimento cientifico é transmitido aos alunos.
       Sabe­se que este conhecimento foi elaborado ao longo da historia pelos
próprios homens, ou seja, o conhecimento é fruto da produção humana,
produzido por homens inseridos num determinado contexto social.
       A teoria sócio­interacionista foi desenvolvida por Vygotsky, na Rússia que
elaborou mais de 200 estudos científicos sobre Psicologia contemporânea e
ciências humanas. Seu trabalho foi influenciado por pesquisadores da área da
lingüística e pelo pensamento marxista.
       É na teoria dialética marxista de Marx e Engels que podemos identificar
pressupostos filosóficos epistemológicos e metodológicos do sócio­interacionista.
Seu estudo baseia­se no desenvolvimento da linguagem, pois é através dela que
podemos designar os objetos do mundo exterior.
       Baseados na pedagogia progressista empregada por Georges Snyders
para designar as tendências que partindo de uma analise critica das realidades
sociais, que sustentam implicitamente as finalidades sóciopolíticos da educação,
deve ser considerada principalmente um instrumento de luta ao lado de outras
pratica sociais. Tem como finalidade a educação permitir ao homem ser sujeito,
construir­se como pessoa, estabelecer relações de reciprocidade, transformar o
mundo e fazer história, enfim exercer verdadeiramente seu direito a cidadania.

                                                                                 20
É através da função de comunicação entre os homens que acontece a
preservação, a transmissão, a assimilação de informações e experiências
acumuladas pela humanidade ao longo da historia e mais especificamente ao
estudo das chamadas funções psicológicas superiores, tais como: a capacidade
de planejamento, memória voluntária e imaginação controlada pelo individuo.
        É através do conhecimento que aprendemos e compreendemos a
realidade que estamos inseridos. Somos ao mesmo tempo consumidores e
produtores de conhecimento. Interagimos com este conhecimento, dele nos
apropriamos e por ele somos transformados continuamente através das novas
informações que recebemos e pelas experiências pelas quais passamos.
        Na escola o conhecimento é trabalho de uma produção conjunta entre
professor­aluno, e esta relação especifica, não é mais uma interação aluno com
outra pessoa qualquer, mas sim, alguém com função especifica, mediador entre o
conhecimento trazido pelos alunos e o conhecimento formal, que conhece o
processo de desenvolvimento do aluno, proporcionando assim a apropriação do
conhecimento cientifico.
        A escola tem um papel decisivo no processo de socialização, a diferença
qualitativa do trabalho escolar é que este processo será mediado pelo
conhecimento histórico.
        É necessário que no processo de transmissão do conhecimento pelo
professor, o conteúdo seja compreendido pelo aluno com possibilidades mais
avançada de explicação. Isto não significa desconsiderar as hipóteses formuladas
pelos alunos, os quais têm origem nos conhecimentos do senso comum. O
dialogo estabelecido entre professor e aluno devera ter sempre, como ponto de
partida, o conhecimento, na perspectiva da historia.
        Outro ponto a considerar, segundo os novos paradigmas da educação, é
educar pela pesquisa. Mas educar pela pesquisa requer em primeiro lugar que o
professor seja ele um pesquisador, maneje a pesquisa com principio cientifico e
educativo. A pesquisa precisa ser no ensino básico, o principal instrumento do
processo educativo.
        Como diz ( DEMO,1992, p.25) O que marcaria a modernidade educativa
seria a didática do aprender a aprender, ou do saber pensar, englobando num
todo só a necessidade de aprovação do conhecimento disponível a seu manejo

                                                                              21
criativo e critico...A competência que a escola deve consolidar e sempre renovar é
aquela fundada na propriedade do conhecimento como instrumento mais eficaz
da emancipação das pessoas e da sociedade. Nesse contexto mera transmissão
é pouco, embora como insumo seja indispensável. Em termos emancipatórios,
competência jamais coincidiria com copia, reprodução, imitação. Torna­se
essencial construir atitude positiva construtiva, crítica, típica de aprender a
aprender.
        Sendo assim, o professor deve procurar estratégias que facilitem a
capacidade de educar pela pesquisa. Isso requer uma alteração profunda na
prática pedagógica em sala de aula. O profissional da educação terá que ser
competente para obter sucesso.
        O educador precisa ser um investigador permanente em sua área. A
educação esta baseada no aprender a aprender e não tem fim, renova­se dia­a­
dia e avança rapidamente para uma sociedade moderna, provocando um
processo ininterrupto de atualização.
        A proposição metodologia do aprender envolve mais que a vontade de
usar um meio para ensinar, ela propõe que os alunos e professores passem a ter
a produção própria, que sejam criativos e envolventes. Que tenham acesso ao
conhecimento existente, que possam dele utilizar e construir um novo
conhecimento.

        5.5.2 O que a escola pretende do ponto de vista político pedagógico

        A formação do pleno cidadão é o principal objetivo para a formação
política pedagógica dos educandos do Colégio Estadual São João, que busca
através desta proporcionar uma transformação a realidade por eles vivenciados.
        A proposta se efetiva com a oferta de atividades adaptadas em sala, com
atividades pedagógicas e recreativas extra­classe.
        Também ocorrem participações em jogos escolares, projetos culturais
como FERA, COM CIÊNCIA, REBU e demais eventos ofertados, todos com
objetivo de auxiliar no processo pedagógico, bem como proporcionar uma
aprendizagem significativa e prazerosa.

                                                                                 22
6.MARCO OPERACIONAL

        6.1 Redimensionamento da organização do trabalho pedagógico

        A   organização     das   sociedades   democráticas   demanda   cidadãos
conscientes e participativos, e que a organização do trabalho demanda
trabalhadores intelectualmente ativos, e que as inovações tecnológicas,o uso de
recursos como TV ­ pendrive, Paraná digital, internet favorecem a ampliação da
informação exigindo da escola, novas práticas de ensino, as políticas públicas
precisam estar comprometidas com o ingresso e a permanência do aluno na
escola e a realização de uma pratica pedagógica direcionada para a
aprendizagem.
        A ação docente põe em movimento o projeto pedagógico, o planejamento
da aula do professor, o conhecimento, o método, a avaliação, a recuperação, o
interesse e a participação dos alunos também têm a organização do tempo, o
método didático, tudo com finalidades do ensino aprendizagem.
        No contexto escolar segundo ( VEIGA, 2004, p.56) O projeto pedagógico
não se constitui na simples produção de um documento, mas na consolidação
de um processo ação­reflexão­ação, que exige o esforço conjunto e a vontade
política do coletivo escolar.
        Sala de Apoio: Trabalho voltado para atender crianças com problemas
relacionados à aprendizagem de língua Portuguesa e Matemática dos alunos
matriculados na 5ª série do Ensino fundamental, no que se refere aos conteúdos
de oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas
suas operações básicas e elementares.
        Tem como objetivo estabelecer avaliação sobre os processos de
aprendizagem elaborada pelos alunos que fazem parte do programa para, a partir
do registro de dados estabelecer encaminhamentos necessários para nortear e
articular o processo de ensino­aprendizagem desses alunos.
        Os estabelecimentos de ensino terão abertura automática de 01 (uma)
Sala de Apoio à aprendizagem de Língua Portuguesa e 01 (uma) de Matemática a
cada 03 (três) turmas de 5ª série ofertadas, independentemente do turno.

                                                                              23
A abertura da demanda automática no sistema será efetivada conforme
segue: em turno contrário se as turmas de 5ª série forem do mesmo turno; em
turno contrário ao que apresentar maior número de alunos matriculados nas 5ª
séries, se as turmas forem de turnos diferentes.
        A carga horária disponível para cada uma das disciplinas – Língua
Portuguesa e Matemática – será de 04 horas­aula semanais para os alunos,
devendo ser ofertadas, prioritariamente, em aulas geminadas, em dias não
subseqüentes, sempre tendo em vista o benefício do aluno.
        Sala de Recursos: Serviço especializado de Apoio Especializado de
natureza pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em
classes comuns do Ensino Fundamental. Conforme instrução nº 013/08 do
Conselho Nacional de Educação, entende­se como um processo educacional
definido em uma proposta pedagógica, assegurando um conjunto de recursos e
serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar,
completar, suplementar e alguns casos, substituir os serviços educacionais
comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento
das potencialidades dos educandos que apresentam dificuldades acentuadas de
aprendizagem com atraso acadêmico significativo, decorrentes de Deficiência
Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos.
        Com base nos dispositivos legais e referências apresentada, a educação
especial se consolida e passa a ser um compromisso social a partir da
organização de uma prática pedagógica, perpassando pelos diferentes níveis de
escolarização e evidenciando que esta não pode ser organizada de forma isolada
ou exclusa, mas no conjunto da compreensão da totalidade pedagógica e
interfaces do ensino básico.
        Conforme assegura LDB em seu artigo 58, parágrafo 1 “ Haverá, quando
necessário, serviço de apoio especializado na rede regular para atender as
peculiaridades da clientela de educação especiais”.

        Objetivos:
        Através das salas de Recursos, objetiva­se:
   -   Resgatar a auto­estima dos alunos atendidos, com vista na superação,
       gradativa e individual, de suas dificuldades acadêmicas;
                                                                               24
-   Diminuir as disparidades entre esses alunos e os demais, dando condições
    mais dignas de igualdade na vida acadêmica;
-   Procurar através desse atendimento, melhorar a sua integração social e
    escolar evitando, com isso, a evasão escolar;
-   Envolver esses alunos com a comunidade escolar, desenvolvendo uma
    consciência humanista e respeitosa em relação às diferenças e ritmo de
    cada individuo;
-   Realizar um trabalho diversificado, voltado às necessidades dos alunos,
    utilizando metodologias e práticas variadas e individualizadas, quando
    necessário, ao atendimento acadêmico.

        Conteúdos:
        Português:
        Escrita:
    1. Produção de textos;
    2. Interpretação e compreensão de textos e gravuras de forma escrita;
    3. Adequação e organização gráfica e gramatical dos textos;
    4. Significado das palavras.
        Leitura:
    1. Leitura de textos variados, identificando as idéias básicas apresentadas
         nos mesmos, confrontando as idéias contidas e argumentando com
         elas, atribuir significados à palavras;
    2. Fazer contraste de textos, sendo esses do mesmo tema; mas com
         linguagem diferente; do mesmo tema tratado em tempos diferentes.
    3. Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo a importância dos
         sinais de pontuação.

        Linguagem oral:
    •     Relatos de histórias, fatos, textos variados, filmes, entrevistas e
          reportagens, etc;
    •     Exposição de idéias e opiniões com seqüência, coerência e
          objetividade.

                                                                             25
Matemática:
1. Interpretação de situações problemas envolvendo as quatro operações;
2. Envolvimento com jogos que desenvolvam raciocínio, memória, concentração
   e operações numéricas;
3. Interpretação e leitura de gráficos;
4. Compreensão e montagem da tabuada com material concreto e registro;

        Metodologia:

        A metodologia aplicada na Sala de Recurso, será necessariamente uma
metodologia diferenciada, prática e que envolva os alunos, a partir, de situações
reais e do dia­a­dia. Pois, através disso pretende­se resgatar o interesse e tornar
as aulas mais agradáveis e interessantes, onde sintam prazer em vir e percebam
que suas necessidades ou defasagens estão sendo superadas. Trabalhando de
uma forma mais individualizada e, portanto, dando mais atenção às dificuldades
de cada um, tirando as dúvidas mais freqüentes e que estão bloqueando o
segmento do processo de ensino­aprendizagem.
        Sendo assim, procurar­se­á, trabalhar com:
1. Leitura e interpretação oral e escrita de variados textos;
2. Atividades que exercitem a concentração e o raciocínio lógico;
3. Ditado de palavras e textos fazendo a correção coletiva e individual, para que
   observem a forma correta da escrita;
4. Produção de textos utilizando sucatas em geral, recorte de revistas e jornais,
   personagens variados;
5. Seleção de alguns textos produzidos pelos alunos para fazer a correção e
   reestruturando textual coletiva, para que observem a pontuação, grafia,
   acentuação e coesão textual;
6. Leitura de gibis e fichas de leitura;
7. Leitura e interpretação de textos com linguagens regionais, para a
   identificação de sinônimos e significado das palavras, utilizando o dicionário e
   a lógica de sentidos;
8. Discussão sobre temas e questões atuais, retirados de diversos meios de
   comunicação, escolhidos ou sugeridos pela turma ou professora;
                                                                                    26
9. Textos embaralhados, para que montem corretamente, observando a
   concordância e pontuação;
10. Jogos de seqüência, para que observem a seqüência de fatos e produção de
   texto, reproduzindo a história seqüenciada;
11. Quebra­cabeças diversos;
12. Construção de frases, trava língua, poemas;
13. Atividades com jogo pedagógicos envolvendo as 4 operações, memória e
   atenção;
14. Utilização de materiais concretos para a compreensão do processo de divisão
   e multiplicação;
15. Registro dos valores observados teoricamente, fazendo a associação da teoria
   à prática;
16. Construção da tabuada utilizando o material dourado;
17. Bingo envolvendo as 4 operações, tabuada, sílabas e palavras;
18. Dominós;
19. Interpretação de situações problemas e gráficos com assuntos e valores reais,
   que fazem ou fizeram parte do dia­a­dia, para que facilite a compreensão e
   associação do conteúdo à realidade e, paralelamente, estudando outras
   disciplinas;

        Avaliação:

        O processo de avaliação deverá ser orientado pela equipe de educação
especial do NRE sendo que o processo de avaliação no contexto escolar para
alunos com indicativos de Deficiência Mental/Intelectual deverá enfocar aspectos
pedagógicos, acrescida de parecer de psicólogo. Para alunos com indicativos de
Transtornos Funcionais Específicos (distúrbios de aprendizagem – dislexia,
disortografia, disgrafia e discalculia) deverá ter avaliação acrescida de parecer de
psicólogo complementada com parecer de fonoaudiológico e/ou de especialista
em psicopedagogia. Para alunos com distúrbios Funcionais Específicos
(transtornos de atenção e hiperatividade) deverá a avaliação ser acrescido de
parecer psiquiátrico e/ou neurológico e complementado com parecer de
psicólogo. Todas as avaliações deverão ser registradas em relatório e

                                                                                  27
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