PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - PATO BRANCO MAIO 2009 1 - COLEGIO ESTADUAL SÃO ...
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PATO BRANCO MAIO – 2009 1
SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO.............................................................................................03 2. INTRODUÇÃO...................................................................................................04 2.1 Identificação e localização do Estabelecimento Escolar..................................04 2.2 Histórico do Colégio Estadual São João .........................................................04 2.2.1Realidade SócioEconômico da Comunidade Escolar .................................05 3. OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral .................................................................................................07 3.2 Objetivos Específicos ......................................................................................07 4. MARCO SITUACIONAL....................................................................................08 4.1 Análise das contradições e conflitos existentes na prática docente................09 5. MARCO CONCEITUAL ....................................................................................10 5.1 Organização Interna da Escola........................................................................13 5.2 Gestão Democrática: acesso permanência, capacitação continuada dos educadores e qualidade na aprendizagem................................. 14 5.3 Currículo da Escola Pública.............................................................................16 5.4 Configuração da Matriz Currricular .................................................................20 5.5 Trabalho Coletivo.............................................................................................20 5.5.1 Prática Transformadora:Pedagogia Progressista.........................................20 5.5.2 O que a escola pretende do ponto de vista político pedagógico..................20 6. MARCO OPERACIONAL .................................................................................42 6.1 Redimensionamento da organização do trabalho pedagógico........................20 6.2 Gestão Democrática........................................................................................20 6.2.1 O papel específico de cada segmento da comunidade escolar...................20 6.2.2 Instâncias Colegiadas e seu papel...............................................................20 6.3 Desafios Educacionais e Contemporâneos.....................................................20 6.4 Recuperação Paralela.....................................................................................20 6.5 Recursos que a escola dispõe para realizar seu projeto.................................20 6.6 Critérios de elaboração do calendário escolar,horários letivos e não letivos.......20 6.7 Critérios para elaboração e utilização dos espaços educativos......................20 6.8 Critérios para organização de turmas e distribuição por professor, em razão de especificidades.......................................................................................20 6.9.Diretrizes para avaliação de desempenho do pessoal docente; do currículo. Das atividades extracurriculares e do projeto político pedagógico........................20 6.9.1 Avaliação Institucional...................................................................................20 6.9.2 Avaliação da Proposta Curricular .................................................................20 6.9.3 Avaliação do Projeto Político Pedagógico....................................................20 6.10 Intenção de acompanhamento aos Egressos................................................20 6.11 Práticas Avaliativas – Sistema de avaliação formativa 2
1. APRESENTAÇÃO Encontramonos em um momento histórico em que as mudanças ocorrem de forma cada vez mais rápida, principalmente por causa da velocidade com que as informações e o conhecimento chegam até nós, o que nos faz refletir sobre as mudanças ocorridas também na educação formal. Neste momento de transição nos deparamos com o ser humano na busca de caminhos e direções com anseios de encontrar referências sólida e significativa. O Colégio Estadual São João frente às necessidades encontradas, ao construir seu Projeto Político Pedagógico buscou junto à comunidade escolar alternativas para o pleno desenvolvimento educacional de nossos educandos com objetivo da formação para cidadania, onde estes possam adquirir conhecimentos relevantes para sua vida pessoal e profissional. Assim procurase discutir também questões essenciais para o trabalho pedagógico, desde o tipo de cidadão que se quer formar até a sociedade em que se pretende viver. 3
2 INTRODUÇÃO 2.1 Identificação e localização do Estabelecimento Escolar O Colégio Estadual São João – Ensino Fundamental e Médio localizase na Rua Helena Pozza, s/nº, bairro Alto da Glória na cidade de Pato Branco, periferia do município, sendo o Colégio Estadual São João pertencente ao NRE de Pato Branco e mantido pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná – SEED. 2.2 Histórico do Colégio Estadual São João O Colégio Estadual São João – EFM surgiu da necessidade de atender alunos do bairro São João que fora criado para desfavelizar a margem da BR 3733, haviam cerca de 40 famílias em condições precárias residindo nessa comunidade. Mantida pela Secretaria de Estado da Educação, criada pela resolução nº 5330/94 de 03/11/1994, iniciou suas atividades no ano letivo de 1996, com o 1º grau regular, através de implantação gradativa. Inicialmente o Colégio funcionou nas instalações inadequadas da Escola Municipal São Francisco de Assis. Começou as atividades sob a resolução 863/96 no ano de 1996 com a 5º série diurna e em seguida, deuse a abertura das séries no período noturno sob a direção temporária da escola municipal. Em 1997, a prof. Marilene de Lourdes Gomes da Silva foi convidada pelo Núcleo de Educação para exercer a direção a qual no final deste ano através de eleições permaneceu no cargo desenvolvendo as atividades nos períodos diurno e noturno. Iniciouse neste ano também turma de correção de fluxo com continuação no ano de 1998. As aulas aconteceram nas instalações precárias de prédio até 2004. A partir de 2005 a comunidade foi contemplada com a construção de uma moderna escola, não mais no bairro São João, mas no bairro Alto da Glória, o qual teve implantado também a modalidade de ensino médio. O novo ambiente 4
renovou os ânimos dos alunos, professores, funcionários e principalmente os pais que sentiram a valorização de seus filhos. O Colégio Estadual São João esteve sob direção do prof. Antonio Carlos de Souza e vicedireção da prof. Marilene de Lourdes Gomes da Silva no periodo de 2006 a 2008. Atualmente o Colégio está sob direção da prof. Loraci Soares Chaise e vicedireção da prof. Jociane Luzia Góss Menetrier e atende alunos do ensino fundamental de 5ºa 8º series nos períodos da manhã, tarde e noite e ensino médio nos períodos da manhã e noite,também são ofertados o projeto 2° tempo , Viva Escola, Sala de Recurso e Sala de Apoio de Português e Matemática. 2.2.1 Realidade SócioEconômico da Comunidade Escolar O Colégio Estadual São João por encontrarse localizado no bairro Alto da Glória, periferia do nosso município enfrenta problemas singulares como evasão escolar e preconceito por eles sofrido por residirem nos bairros de periferia, déficit significativo de atenção, concentração, disciplina e aprendizagem devido a desestruturação cultural e a renda familiar. Devido a situação sócioeconômico da comunidade aonde existem ainda situações precárias de moradias, saneamento e alimentação, enfrentamos enquanto corpo docente acontecimentos relevantes na vida escolar de muitos alunos. Famílias que residem em barracos, sem água e esgoto em casa, vivendo de doações ainda é uma realidade encontrada, bem como o difícil deslocamento dos alunos do período noturno por falta de iluminação publica e segurança, bem como o alto índice de famílias que mudam constantemente de residência,bairro,Município e Estado em busca de oportunidades de trabalho e melhores condições de vida o que também dificulta a continuação no processo educacional. O Colégio absorve alunos oriundos de famílias com renda mínima inferior ou aproximadamente, a um salário, com 40% dos pais e 70% das mães desempregados, muitas destas famílias vivem de auxílios de bolsa família e ajuda de outras entidades sociais, religiosas e assistenciais. 5
A comunidade que envolve os bairros do qual pertencem os educandos, tem características comportamentais peculiares, demonstrando desmotivação pelas atividades escolares devido a baixa autoestima oriunda das condições culturais e sociais. Por estas razões existem situações de crianças e adolescentes que entram no mundo adulto muito cedo, lutando pela sobrevivência e nem sempre percorrendo caminhos lícitos como: drogas,assaltos,exploração sexual, entre outros causando dessa forma transtornos a comunidade, bem como aos trabalhadores da educação do Colégio Estadual São João que sentemse inseguros em relação às situações ocorridas, os quais procuram resgatar esses alunos.Os profissionais da educação que trabalham na escola são contratados pelas seed, residentes no municipio e municipios arredores de nivel sócio economico médio, todos devidamente habilitados .Fazem parte do quadro de funcionários do Colégio São João: CARGO QUANTIDADE FUNÇÃO ESCOLARIDADE Agente de Apoio 01 Secretária Ensino Superior Incompleto (cursando) Agente de Apoio 03 Técnico Ensino Superior Administrativo Completo Agente de Apoio 01 Assistente de Ensino Superior Execução Incompleto(cursando) Agente de Apoio 07 Serviços Gerais Ensino Fundamental e Médio Direção 01 Diretora Especialista Direção 01 Diretora Auxiliar Especialista Professor 03 Pedagoga Especialistas Professor 03 Professor Ensino Superior Completo Professor 39 Professor Especialista Professor 02 Professor Mestrado 6
3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral Garantir a aprendizagem essencial para a formação de cidadãos autônomos, conscientes críticos e participativos, capazes de atuar e transformar a sociedade em que vivem. 3.2 Objetivos Específicos Possibilitar ao educando o conhecimento progressivo das suas potencialidades, nas dimensões biológicas, psicológicas, sociais e espirituais. Desenvolver a interrelação pessoal e inserção social, na busca do conhecimento e do exercício da cidadania. Promover as relações humanas de toda comunidade escolar, de forma que todos se integrem vivenciando valores, atitudes, ideais para a plena formação do cidadão. 7
4. MARCO SITUACIONAL A sociedade atual passa por um processo de busca de valores e encontrase de certa forma desorientada. Esta situação tornase clara nas salas de aula, onde alunos se apresentam desmotivados, professores encontramse despreparados para enfrentar situações conflitantes e as inovações tecnológicas constantes. Sabemos que nenhuma mudança acontece em uma sociedade sem a presença da escola. É ela que nos dá o alicerce para as mudanças, nos dá ferramentas para construção de um mundo justo, com perspectivas para todos, onde o rico e o pobre possuem o mesmo potencial e podem ser avaliados sem distinção. “O aprender contínuo é essencial e se concentra em dois pilares: a própria pessoa como agente e a escola como lugar e crescimento profissional permanente”. (NOVOA, Antonio, Revista Escola, 08/2002, pág. 23). A busca por mudanças nos faz acreditar que apesar de todos os problemas e dificuldades encontradas, há caminhos que podem ser percorridos. A realidade brasileira vem passando por mudanças e compreender o papel da educação como elemento de transformação social sendo a educação fundamental para definir estratégias na sociedade como um todo. O Colégio São João a partir da realidade já descrita busca acompanhar os avanços da aprendizagem dos alunos enquanto sua significância na formação de sujeito que, instrumentalizados culturalmente, tenham consciência de sua ação transformadora à realidade históricosocial. “Educação é uma prática social que não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas relações de trabalho. A educação é um processo histórico de criação do homem para a sociedade e simultaneamente de modificação da sociedade para benefício do homem.” (Pinto, 1994) Fundamentados na tendência pedagógica históricocrítica o Colégio Estadual São João, compreende que através da educação é que se encontra a possibilidade de transformação social, a educação possibilita a compreensão da 8
realidade histórica social e explicita o papel do sujeito construtor/transformador dessa mesma realidade. A escola tem papel decisivo no processo de socialização, a diferença qualitativa do trabalho escolar é que este processo será mediado pelo conhecimento histórico. É necessária que no processo de transmissão de conhecimento, pelo educador, o conteúdo seja compreendido pelo aluno com a possibilidade avançada de explicação. O diálogo estabelecido entre professor e aluno deverá ter sempre, como ponto de partida, o conhecimento na perspectiva da história, tornandoos cidadãos letrados. Como diz Demo (1992, pág. 25): “O que marcaria a modernidade educativa seria a didática do aprender ou do saber pensar, englobando num todo só a necessidade de apropriação do conhecimento disponível e seu manejo criativo e crítico...”. 4.1 Análise das contradições e conflitos presentes na prática docente A escola vem passando por momentos de reflexão e transformação da prática pedagógica docente, buscando alternativas para os problemas reais encontrados no colégio. A indisciplina e a evasão escolar desestruturam nosso ambiente educacional, bem como o desrespeito com professores em sala de aula, a falta de participação no desenvolvimento das atividades propostas, a negação em fazer trabalhos, avaliações e até mesmo atividades diferenciadas, traz como consequência uma baixa compreensão dos conteúdos e reprovações. A evasão escolar que percebemos ser próprio da cultura da comunidade é muito grande, o que também desfavorece o aprendizado, este vem sendo combatido com conscientização, práticas pedagógicas diferenciadas e atrativas e encaminhamento ao FICA, programa do Estado em parceria com o Conselho Tutelar e NRE, e os problemas comportamentais e educacionais estão sendo desenvolvidos com projetos, aulas diferenciadas, uso de recursos didáticos, pedagógicos e tecnológicos diversificados entre outros. 9
5. MARCO CONCEITUAL A organização das sociedades democráticas demanda cidadãos conscientes e participativos e para que os objetivos educacionais aconteçam o Colégio Estadual São João aborda as seguintes CONCEPÇÕES: Sociedade: A sociedade é um agrupamento tecido por uma serie de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do homem, havendo uma interdependência em todas as formas das atividades humanas, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica. Segundo (PINTO, 1994) a sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e agir social a partir das contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica. A escola em sua função social e a natureza do trabalho educativo deve tomar a iniciativa e fazer com que o educando saiba em qual sociedade esta inserido, sendo assim, saberá tomar decisões, participar em grupos, ser membro ativo da sociedade em todos os processos decisórios que dizem respeito a sua vida. Homem: O homem é um ser natural e social, que age na natureza transformandoa conforme suas necessidades, envolvendo múltiplas relações em determinado momento histórico, assim acumula experiências e produz conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não materiais que são apropriados de diferentes formas. O homem atua e interfere na sociedade, se encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas, política, garantindo sua participação ativa e criativa as diversas esferas da sociedade. Segundo (SANTORO), o homem é aquele que na sua convivência coletiva compreende suas condições existenciais, transcendeas e reorganizaas, caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva. 10
Conhecimento: O Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre homem e a natureza, sendo produzido nas relações sociais mediada pelo trabalho. Conforme (FREIRE, 2003, P.59) o conhecimento é sempre conhecimento de alguma coisa, é sempre intencionado, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa. O conhecimento humano adquire diferentes formas: senso comum, científico, teológico, estético e filosófico, pressupõe diferentes concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e o sobre o próprio conhecimento. Educação: É uma pratica social, que muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas relações de trabalho. A educação é um processo histórico de criação do homem para a sociedade e simultaneamente de modificação da sociedade para beneficio do homem. (PINTO, 1994). A educação representa a própria historia individual do ser humano e da sociedade em sua evolução. Pois é um processo construtivo do ser humano, ela visa formar ao ser humano para gestar uma educação aberta. Suas finalidades são voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita para constituirse e transformar a realidade. Escola: É um espaço público para convivência, ambiente de aprendizado, troca de conhecimentos, lugar alegre que se faz amigo. A escola e as aprendizagens a que se destina, antes de serem objetos concretos de nosso saber e nosso querer, estão prefigurados no imaginário social, no campo simbólico da fantasia, onde se espelham o mundo dos possíveis. Tecnologia: A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais existentes. A tecnologia é uma ferramenta sofisticada e alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento das desigualdades, ou para a inserção social, se vista como forma de estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas. 11
Segundo (MACHADO, 2002) é preciso implementar no sistema educacional uma pedagogia mediante a qual não apenas se reforme o ensinamento, mas que também facilite a aprendizagem. Cidadania: É um processo histórico – social que capacita a massa humana a ter condições de consciência, de organização, de elaboração de projetos de praticas onde passa a ser sujeito histórico do seu próprio destino. A construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres.(MARTINS, 2000, p.530) No momento o grande desafio é dar condições ao povo brasileiro de se tornar cidadão consciente, organizado e participativo do processo de construção políticosocial e cultural. EnsinoAprendizagem: O processo de ensinoaprendizagem está centrado no educando e compreende a organização do ambiente educativo, a motivação dos participantes, a definição do plano de formação, o desenvolvimento das atividades de aprendizagem e a avaliação. Constitui essencialmente o trabalho escolar, pois deve partir do conhecimento prévio e experiências que cada aluno traz consigo. O professor deve realizar os ensinamentos de forma que o aluno possa absorver prazerosamente e dessa forma assegurar a produtividade do processo ensinoaprendizagem, de forma que o aluno possa querer aprender. Avaliação: O propósito de uma avaliação educacional é fornecer subsídios para que os responsáveis pela coordenação e desenvolvimento de ações educativas possam tomar decisões que permitam o aperfeiçoamento de processos e condições de ensino. A avaliação, do ponto de vista critica, não pode ser instrumento de exclusão de alunos provenientes das classes trabalhadoras. Portanto deve ser democrática, deve favorecer o desenvolvimento da capacidade do aluno de apropriarse de conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos historicamente e deve ser resultante de um processo coletivo da avaliação diagnóstica, (VEIGA, 2005, p.32). 12
No processo de ensinoaprendizagem a avaliação possui a finalidade de acompanhar o processo de construção coletiva e individual da aprendizagem, julgar e atribuir valor a aprendizagem significativa do aluno. Segundo (VILLAS BOAS, 2001) É possível construir o entendimento de avaliação formativa como a que promove o desenvolvimento não só do aluno, mas também do professor e da escola. Por isso, abandonase a avaliação unilateral pela qual o aluno é avaliado apenas pelo professor de forma classificatória, punitiva e excludente. A avaliação tem a função de possibilitar o acompanhamento dos avanços/dificuldades no processo de construção coletiva e individual, a fim de procurar soluções para as dificuldades e proporcionar aprendizagem, com isso a avaliação formativa pressupõe relevar a significância na formação de sujeitos que, instrumentalizados culturalmente tenham consciência de sua ação transformadora da realidade históricosocial. Democratizar a avaliação não teria sentido se não democratizasse a relação professoraluno, tornandoa mais comunicativa, igualitária e dialogadora, democratizando realmente a convivência e utilizando informações e dados resultantes das avaliações para melhorar todos os elementos que intervêm no processo educativo. (BATALLOSO. 1995) A construção de uma prática avaliativa democrática deve estar fundamentada nos princípios da participação, da transparência, da cooperação, do respeito, da igualdade, da autonomia, da emancipação e da inclusão. 5.1 Organização Interna da Escola O Colégio Estadual São João tem sua organização escolar por séries, isto é, que vincula o aluno ao conjunto das disciplinas, no período de um ano. O colégio oferta os níveis do ensino Fundamental e ensino Médio, que se compõem na organização abaixo: Fundamental: Manhã:03 turmas + 02 turmas de sala apoio + 01 turma de sala de recurso Tarde: 04 turmas + 01 turma de sala de recurso 13
Noite: 04 turmas Médio: Manhã: 01 turma Noite: 03 turmas Horário de funcionamento: Manhã: 7:30hs às 11:40hs Tarde: 13:15hs às 17:35hs Noite: 18:50hs às 23:00hs 5.2 Gestão Democrática: acesso permanência, capacitação continuada dos educadores e qualidade na aprendizagem A nova ordem mundial se reflete diretamente no sistema educacional, em especial na gestão da educação num contexto de novas exigências de recursos humanos qualificados e sintonizados com as necessidades da democratização da sociedade. Nesse processo não se pode desvincular a gestão democrática na escola. Encontramosnos numa época de gestão centrada nos princípios democráticos. Esse processo demanda não só uma mudança no conceito de gestão, mas da própria pratica social da escola. A concepção de gestão vem incorporando os princípios democráticos, que constitui um aprendizado que se processa no nível das instituições sociais, e que se expressa por suas práticas políticas e culturais. Sociedade e escola estão dialeticamente constituídas. A escola como espaço privilegiado de intervenção traz na sua essência pedagógica a possibilidade de construção de novos paradigmas e práticas que priorizem a via democrática na escola e na sociedade. A gestão democrática exige uma ruptura histórica na prática administrativa da escola, necessitando de compreensão profunda dos problemas postos pela pratica pedagógica, ela busca a socialização através da pratica coletiva, da reciprocidade, solidariedade, e da autonomia. 14
Segundo (MARQUES, 1990, p.21) A participação ampla assegura a transparência das decisões, fortalece as pressões para que sejam elas legitimas, garante o controle sobre os acontecimentos e, sobretudo, constitui para que sejam contempladas questões de outra forma não entrariam em cogitação. O que deixa claro perceber que a gestão democrática no interior da escola para ser consolidado necessita de participação critica de toda comunidade escolar. A cultura democrática criase com prática democrática. Os princípios e as regras dessa prática, embora ligados a natureza universal dos valores democráticos, têm uma especificidade intrínseca a natureza do projeto político pedagógico de cada escola ou sistema escolar. A escola não é democrática só por sua prática administrativa. Ela tornase democrática por sua ação pedagógica essencialmente educativa. Por isso a escola como instancia educativa de articulação de projetos pedagógicos partilhados pela direção, professores, alunos e comunidade. Na escola não há lugar para burocratas nem súditos. Nela todos os envolvidos são considerados cidadãos, atores participantes de um processo coletivo de fazer educação. Educação que constrói a partir de suas organizações e processos, a cidadania e a democracia. ( BORDIGNON,1993. p. 8586). A democratização da educação requer igualdade de oportunidades a todos do processo educacional, igualdade de condição para o acesso e permanência na escola, como alerta (SAVIANE, 1982 p.63) Há uma desigualdade no ponto de partida, mas a igualdade no ponto de chegada e esta deve ser garantida pela mediação da escola. A qualidade do ensino ofertado na escola tem como principio formar cidadãos ativos, por isso é fundamental valorizar a formação continuada dos docentes da instituição escolar. O reforço à valorização dos profissionais da educação, garantindolhes direito a aperfeiçoamento profissional permanente, significa valorizar a experiência e o conhecimento que os professores têm a partir de usa prática pedagógica. (VEIGA e CARVALHO 1994, p.51). Os docentes devem estar preparados para a arte de ensinar, por isso o Colégio Estadual São João incentiva a formação continuada dos profissionais da 15
educação, visto que a reflexão permanente da prática educativa traz mudanças e adequações ao currículo escolar. É o que afirmam (VEIGA e CARVALHO, 1994 p.50 ) O grande desafio da escola, ao construir sua autonomia, deixando de lado seu papel de mera “repetidora” de programas de “treinamento” é ousar assumir o papel predominante na formação dos profissionais. 5.3 Currículo da Escola Pública A nova formulação curricular do Ensino Fundamental e Médio procura atender realidade da escola pública com base em uma visão tripartite dessa política educacional: currículo, formação de professores e gestão. Analisa, sobretudo, o processo de diversificação e flexibilização na nova organização curricular e a formulação da estrutura curricular escolarizada, destacando os conceitos de interdisciplinaridade e de contextualização, bem como os acertos e desacertos da proposta curricular atual. Acreditamos que toda mudança curricular é parte de uma política de desenvolvimento do país, e, portanto, o currículo deve expressar coerência e articulação com esse projeto. Isso explica, em grande parte, porque o planejamento curricular está adquirindo centralidade nas reformas educativas. Por isso busca o ideário de diversificação e flexibilização curricular, como forma de estabelecer um modelo educacional flexível de atendimento às diferentes clientelas; baseandose na autonomia da escola e do aluno na adequação curricular, favorecendo o processo formativo contextualizado. O Colégio Estadual São João construirá a estrutura curricular para o Ensino Fundamental e Médio coletivamente em cada disciplina da grade curricular, precedida nesta, os agentes escolares que devem levar em consideração as diversas dimensões da autonomia da escola: a pedagógica, a administrativa, a jurídica e a financeira. Todos esses aspectos devem se fazerse acompanhar de relações democráticas e horizontais no interior da escola e da sala de aula. Como formar o indivíduo autônomo e democrático, que partícipe da vida social, tendo a escola como local privilegiado para essa formação. 16
Na nova formulação curricular, definida pelo MEC e pelo CNE, as propostas de currículos, a serem desenvolvidas pelas escolas, devem incluir competências básicas, conteúdos e formas de tratamento dos conteúdos coerentes com os princípios pedagógicos de identidade, diversidade e autonomia, e também os princípios de interdisciplinaridade e contextualização, adotados como estruturadores do currículo do Ensino Fundamental e Médio. A interdisciplinaridade, que abriga uma visão epistemológica do conhecimento, e a contextualização, que trata das formas de ensinar e aprender deve permitir a integração do currículo: 5.4 Configuração da Matriz Curricular ano 2009. Matriz Curricular do Ensino Fundamental Período: Matutino e Vespertino 17
Matriz Curricular do Ensino Fundamental Período : Noturno 18
Matriz Curricular do Ensino Médio Período: Matutino e Noturno 5.5 Trabalho Coletivo A construção da estrutura educacional do Colégio São João vem sendo realizada com empenho coletivo de todos participantes do processo educacional e para concretizar essas ações alicerçar os princípios democráticos, valorizando a interação, o dialogo, a autocrítica, a autonomia e a descentralização do poder. O trabalho coletivo é definido por (GUÉDEZ, 1982) como um recurso teóricometodológico que explicita os propósitos, as normas e os suportes epistemológicos de uma concepção educativa. Esse trabalho deve ser flexível e apoiar a tradução das ações a que serve. 19
Para que se efetive o trabalho coletivo no colégio buscase discutir temas relevantes em conjunto, tomar decisões coletivas e envolver toda comunidade na efetivação dos objetivos propostos. Os gestores do colégio, a equipe pedagógica e docentes por serem profissionais aptos a desenvolverem suas atividades, vêm buscando unir forças para a plena efetivação do trabalho pedagógico no processo ensino aprendizagem dos nossos educandos. 5.5.1 Prática Transformadora:Pedagogia Progressista A educação possibilita a compreensão da realidade histórico social e explicita o papel do sujeito transformador dessa realidade. A escola tem sido o local onde o conhecimento cientifico é transmitido aos alunos. Sabese que este conhecimento foi elaborado ao longo da historia pelos próprios homens, ou seja, o conhecimento é fruto da produção humana, produzido por homens inseridos num determinado contexto social. A teoria sóciointeracionista foi desenvolvida por Vygotsky, na Rússia que elaborou mais de 200 estudos científicos sobre Psicologia contemporânea e ciências humanas. Seu trabalho foi influenciado por pesquisadores da área da lingüística e pelo pensamento marxista. É na teoria dialética marxista de Marx e Engels que podemos identificar pressupostos filosóficos epistemológicos e metodológicos do sóciointeracionista. Seu estudo baseiase no desenvolvimento da linguagem, pois é através dela que podemos designar os objetos do mundo exterior. Baseados na pedagogia progressista empregada por Georges Snyders para designar as tendências que partindo de uma analise critica das realidades sociais, que sustentam implicitamente as finalidades sóciopolíticos da educação, deve ser considerada principalmente um instrumento de luta ao lado de outras pratica sociais. Tem como finalidade a educação permitir ao homem ser sujeito, construirse como pessoa, estabelecer relações de reciprocidade, transformar o mundo e fazer história, enfim exercer verdadeiramente seu direito a cidadania. 20
É através da função de comunicação entre os homens que acontece a preservação, a transmissão, a assimilação de informações e experiências acumuladas pela humanidade ao longo da historia e mais especificamente ao estudo das chamadas funções psicológicas superiores, tais como: a capacidade de planejamento, memória voluntária e imaginação controlada pelo individuo. É através do conhecimento que aprendemos e compreendemos a realidade que estamos inseridos. Somos ao mesmo tempo consumidores e produtores de conhecimento. Interagimos com este conhecimento, dele nos apropriamos e por ele somos transformados continuamente através das novas informações que recebemos e pelas experiências pelas quais passamos. Na escola o conhecimento é trabalho de uma produção conjunta entre professoraluno, e esta relação especifica, não é mais uma interação aluno com outra pessoa qualquer, mas sim, alguém com função especifica, mediador entre o conhecimento trazido pelos alunos e o conhecimento formal, que conhece o processo de desenvolvimento do aluno, proporcionando assim a apropriação do conhecimento cientifico. A escola tem um papel decisivo no processo de socialização, a diferença qualitativa do trabalho escolar é que este processo será mediado pelo conhecimento histórico. É necessário que no processo de transmissão do conhecimento pelo professor, o conteúdo seja compreendido pelo aluno com possibilidades mais avançada de explicação. Isto não significa desconsiderar as hipóteses formuladas pelos alunos, os quais têm origem nos conhecimentos do senso comum. O dialogo estabelecido entre professor e aluno devera ter sempre, como ponto de partida, o conhecimento, na perspectiva da historia. Outro ponto a considerar, segundo os novos paradigmas da educação, é educar pela pesquisa. Mas educar pela pesquisa requer em primeiro lugar que o professor seja ele um pesquisador, maneje a pesquisa com principio cientifico e educativo. A pesquisa precisa ser no ensino básico, o principal instrumento do processo educativo. Como diz ( DEMO,1992, p.25) O que marcaria a modernidade educativa seria a didática do aprender a aprender, ou do saber pensar, englobando num todo só a necessidade de aprovação do conhecimento disponível a seu manejo 21
criativo e critico...A competência que a escola deve consolidar e sempre renovar é aquela fundada na propriedade do conhecimento como instrumento mais eficaz da emancipação das pessoas e da sociedade. Nesse contexto mera transmissão é pouco, embora como insumo seja indispensável. Em termos emancipatórios, competência jamais coincidiria com copia, reprodução, imitação. Tornase essencial construir atitude positiva construtiva, crítica, típica de aprender a aprender. Sendo assim, o professor deve procurar estratégias que facilitem a capacidade de educar pela pesquisa. Isso requer uma alteração profunda na prática pedagógica em sala de aula. O profissional da educação terá que ser competente para obter sucesso. O educador precisa ser um investigador permanente em sua área. A educação esta baseada no aprender a aprender e não tem fim, renovase diaa dia e avança rapidamente para uma sociedade moderna, provocando um processo ininterrupto de atualização. A proposição metodologia do aprender envolve mais que a vontade de usar um meio para ensinar, ela propõe que os alunos e professores passem a ter a produção própria, que sejam criativos e envolventes. Que tenham acesso ao conhecimento existente, que possam dele utilizar e construir um novo conhecimento. 5.5.2 O que a escola pretende do ponto de vista político pedagógico A formação do pleno cidadão é o principal objetivo para a formação política pedagógica dos educandos do Colégio Estadual São João, que busca através desta proporcionar uma transformação a realidade por eles vivenciados. A proposta se efetiva com a oferta de atividades adaptadas em sala, com atividades pedagógicas e recreativas extraclasse. Também ocorrem participações em jogos escolares, projetos culturais como FERA, COM CIÊNCIA, REBU e demais eventos ofertados, todos com objetivo de auxiliar no processo pedagógico, bem como proporcionar uma aprendizagem significativa e prazerosa. 22
6.MARCO OPERACIONAL 6.1 Redimensionamento da organização do trabalho pedagógico A organização das sociedades democráticas demanda cidadãos conscientes e participativos, e que a organização do trabalho demanda trabalhadores intelectualmente ativos, e que as inovações tecnológicas,o uso de recursos como TV pendrive, Paraná digital, internet favorecem a ampliação da informação exigindo da escola, novas práticas de ensino, as políticas públicas precisam estar comprometidas com o ingresso e a permanência do aluno na escola e a realização de uma pratica pedagógica direcionada para a aprendizagem. A ação docente põe em movimento o projeto pedagógico, o planejamento da aula do professor, o conhecimento, o método, a avaliação, a recuperação, o interesse e a participação dos alunos também têm a organização do tempo, o método didático, tudo com finalidades do ensino aprendizagem. No contexto escolar segundo ( VEIGA, 2004, p.56) O projeto pedagógico não se constitui na simples produção de um documento, mas na consolidação de um processo açãoreflexãoação, que exige o esforço conjunto e a vontade política do coletivo escolar. Sala de Apoio: Trabalho voltado para atender crianças com problemas relacionados à aprendizagem de língua Portuguesa e Matemática dos alunos matriculados na 5ª série do Ensino fundamental, no que se refere aos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares. Tem como objetivo estabelecer avaliação sobre os processos de aprendizagem elaborada pelos alunos que fazem parte do programa para, a partir do registro de dados estabelecer encaminhamentos necessários para nortear e articular o processo de ensinoaprendizagem desses alunos. Os estabelecimentos de ensino terão abertura automática de 01 (uma) Sala de Apoio à aprendizagem de Língua Portuguesa e 01 (uma) de Matemática a cada 03 (três) turmas de 5ª série ofertadas, independentemente do turno. 23
A abertura da demanda automática no sistema será efetivada conforme segue: em turno contrário se as turmas de 5ª série forem do mesmo turno; em turno contrário ao que apresentar maior número de alunos matriculados nas 5ª séries, se as turmas forem de turnos diferentes. A carga horária disponível para cada uma das disciplinas – Língua Portuguesa e Matemática – será de 04 horasaula semanais para os alunos, devendo ser ofertadas, prioritariamente, em aulas geminadas, em dias não subseqüentes, sempre tendo em vista o benefício do aluno. Sala de Recursos: Serviço especializado de Apoio Especializado de natureza pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns do Ensino Fundamental. Conforme instrução nº 013/08 do Conselho Nacional de Educação, entendese como um processo educacional definido em uma proposta pedagógica, assegurando um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, completar, suplementar e alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, decorrentes de Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos. Com base nos dispositivos legais e referências apresentada, a educação especial se consolida e passa a ser um compromisso social a partir da organização de uma prática pedagógica, perpassando pelos diferentes níveis de escolarização e evidenciando que esta não pode ser organizada de forma isolada ou exclusa, mas no conjunto da compreensão da totalidade pedagógica e interfaces do ensino básico. Conforme assegura LDB em seu artigo 58, parágrafo 1 “ Haverá, quando necessário, serviço de apoio especializado na rede regular para atender as peculiaridades da clientela de educação especiais”. Objetivos: Através das salas de Recursos, objetivase: - Resgatar a autoestima dos alunos atendidos, com vista na superação, gradativa e individual, de suas dificuldades acadêmicas; 24
- Diminuir as disparidades entre esses alunos e os demais, dando condições mais dignas de igualdade na vida acadêmica; - Procurar através desse atendimento, melhorar a sua integração social e escolar evitando, com isso, a evasão escolar; - Envolver esses alunos com a comunidade escolar, desenvolvendo uma consciência humanista e respeitosa em relação às diferenças e ritmo de cada individuo; - Realizar um trabalho diversificado, voltado às necessidades dos alunos, utilizando metodologias e práticas variadas e individualizadas, quando necessário, ao atendimento acadêmico. Conteúdos: Português: Escrita: 1. Produção de textos; 2. Interpretação e compreensão de textos e gravuras de forma escrita; 3. Adequação e organização gráfica e gramatical dos textos; 4. Significado das palavras. Leitura: 1. Leitura de textos variados, identificando as idéias básicas apresentadas nos mesmos, confrontando as idéias contidas e argumentando com elas, atribuir significados à palavras; 2. Fazer contraste de textos, sendo esses do mesmo tema; mas com linguagem diferente; do mesmo tema tratado em tempos diferentes. 3. Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo a importância dos sinais de pontuação. Linguagem oral: • Relatos de histórias, fatos, textos variados, filmes, entrevistas e reportagens, etc; • Exposição de idéias e opiniões com seqüência, coerência e objetividade. 25
Matemática: 1. Interpretação de situações problemas envolvendo as quatro operações; 2. Envolvimento com jogos que desenvolvam raciocínio, memória, concentração e operações numéricas; 3. Interpretação e leitura de gráficos; 4. Compreensão e montagem da tabuada com material concreto e registro; Metodologia: A metodologia aplicada na Sala de Recurso, será necessariamente uma metodologia diferenciada, prática e que envolva os alunos, a partir, de situações reais e do diaadia. Pois, através disso pretendese resgatar o interesse e tornar as aulas mais agradáveis e interessantes, onde sintam prazer em vir e percebam que suas necessidades ou defasagens estão sendo superadas. Trabalhando de uma forma mais individualizada e, portanto, dando mais atenção às dificuldades de cada um, tirando as dúvidas mais freqüentes e que estão bloqueando o segmento do processo de ensinoaprendizagem. Sendo assim, procurarseá, trabalhar com: 1. Leitura e interpretação oral e escrita de variados textos; 2. Atividades que exercitem a concentração e o raciocínio lógico; 3. Ditado de palavras e textos fazendo a correção coletiva e individual, para que observem a forma correta da escrita; 4. Produção de textos utilizando sucatas em geral, recorte de revistas e jornais, personagens variados; 5. Seleção de alguns textos produzidos pelos alunos para fazer a correção e reestruturando textual coletiva, para que observem a pontuação, grafia, acentuação e coesão textual; 6. Leitura de gibis e fichas de leitura; 7. Leitura e interpretação de textos com linguagens regionais, para a identificação de sinônimos e significado das palavras, utilizando o dicionário e a lógica de sentidos; 8. Discussão sobre temas e questões atuais, retirados de diversos meios de comunicação, escolhidos ou sugeridos pela turma ou professora; 26
9. Textos embaralhados, para que montem corretamente, observando a concordância e pontuação; 10. Jogos de seqüência, para que observem a seqüência de fatos e produção de texto, reproduzindo a história seqüenciada; 11. Quebracabeças diversos; 12. Construção de frases, trava língua, poemas; 13. Atividades com jogo pedagógicos envolvendo as 4 operações, memória e atenção; 14. Utilização de materiais concretos para a compreensão do processo de divisão e multiplicação; 15. Registro dos valores observados teoricamente, fazendo a associação da teoria à prática; 16. Construção da tabuada utilizando o material dourado; 17. Bingo envolvendo as 4 operações, tabuada, sílabas e palavras; 18. Dominós; 19. Interpretação de situações problemas e gráficos com assuntos e valores reais, que fazem ou fizeram parte do diaadia, para que facilite a compreensão e associação do conteúdo à realidade e, paralelamente, estudando outras disciplinas; Avaliação: O processo de avaliação deverá ser orientado pela equipe de educação especial do NRE sendo que o processo de avaliação no contexto escolar para alunos com indicativos de Deficiência Mental/Intelectual deverá enfocar aspectos pedagógicos, acrescida de parecer de psicólogo. Para alunos com indicativos de Transtornos Funcionais Específicos (distúrbios de aprendizagem – dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia) deverá ter avaliação acrescida de parecer de psicólogo complementada com parecer de fonoaudiológico e/ou de especialista em psicopedagogia. Para alunos com distúrbios Funcionais Específicos (transtornos de atenção e hiperatividade) deverá a avaliação ser acrescido de parecer psiquiátrico e/ou neurológico e complementado com parecer de psicólogo. Todas as avaliações deverão ser registradas em relatório e 27
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