PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO NAS PROVAS PRÉ - TRANSFUSIONAIS - UFMT

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AGÊNCIA TRANSFUSIONAL - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO MULLER
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                   TITULO: Provas pré-transfusionais

           PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

            NAS PROVAS PRÉ - TRANSFUSIONAIS

          Versão atual: 06 Código: PPT 6 paginação: 1 de 39
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                   TITULO: Provas pré-transfusionais

Elaborado: Hildenete Monteiro Fortes                 Assinatura:

Data da Elaboração: 02.02.2003

Aprovado e liberado por: Hildenete Monteiro Fortes

Data da implantação: 10 de fevereiro de 2003

Data da revisão: 12/10/2011       Revisada por: Hildenete Monteiro Fortes
                                                Marcia Beatriz Cattini Melo

Periodicidade da Revisão: anual

Tempo de arquivo: 05 anos

Setor: Imunohematologia da Agência Transfusional do HUJM

Código do documento: PPT – 06

Número da versão atual: 06

Número total de Páginas: 39

Número de cópias - distribuição: 02 – Original para a direção – arquivo;
              Setor de Imunohematologia da Agência Transfusional.

ESTE É UM DOCUMENTO CONTROLADO – Não deve ser copiado ou
distribuído sem a autorização da chefia da Agência Transfusional do HUJM.

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I - OBJETIVO: Liberação de hemocomponentes com qualidade para transfusão
aos pacientes internados ou no ambulatório do HUJM, após realização de provas
pré-transfusionais na Agência Transfusional de acordo com a PORTARIA No1353
de 13 de junho de 2011.

II - PRINCÍPIO:

Determinar o Grupo ABO: Sistema ABO é o mais importante para a prática
transfusional. A tipagem sangüínea direta pesquisa a presença de antígenos ABO
nas hemácias teste e a reversa seus anticorpos correspondentes utilizando
hemácias conhecidas A1 e B. Nunca liberar uma unidade de sangue para transfusão
até que a discrepância entre tipagem direta e reversa tenha sido resolvida.

Determinar o Fator Rh: O antígeno D (Rh) é considerado o mais imunogênico e o
mais importante na transfusão. Na determinação do tipo Rho (D), é obrigatório o
uso do soro anti-D e do controle Rh (do mesmo fabricante e marca do soro Anti-D
em uso, este último pela possibilidade da presença de auto-anticorpos e / ou
proteínas séricas anormais.

Pesquisar Anticorpos Irregulares: Visa detectar anticorpos irregulares
clinicamente significantes no soro/plasma do receptor, consiste em testar o soro do
receptor com hemácias de triagem conhecidas. É importante que se utilize SEMPRE
um autocontrole nas mesmas fases e temperaturas em que foram utilizadas as
hemácias de triagem.

Realizar Prova de compatibilidade: Exceto para as solicitações de extrema
urgência é realizada antes da transfusão de sangue total ou de hemácias, verifica a
compatibilidade ABO e /ou presença de anticorpos no receptor (soro) contra
antígenos (hemácias) do doador que se encontra no tubo coletor da bolsa a ser
transfundida. É desnecessária a realização de prova de compatibilidade antes da
transfusão de plasma, crioprecipitado e concentrado de plaquetas.

Retipificar Grupo ABO/Rh dos doadores: Em todos os hemocomponentes com
hemácias a serem cruzados. Realizar de uma amostra do tubo coletor da bolsa de
sangue a retipagem ABO enquanto que a retipagem do Fator Rh só precisa ser feita
em bolsas de sangue Rh negativas.

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Realizar em todas as provas antiglobulina que deram resultados negativos um
controle de hemácias sensibilizadas com IgG – Controle de Coombs, para evitar
resultados falsos negativos.

Segurança Transfusional: Toda transfusão sanguínea ou componente sanguíneo
deverá ser prescrita por um médico de acordo com a PORTARIA No1353 de 13 de
junho de 2011.

Seleção de Hemocomponentes para transfusão e as provas de compatibilidade são
baseadas na resolução da diretoria colegiada PORTARIA No1353 de 13 de junho de
2011.

Quaisquer sintomas ou sinais ocorridos durante a transfusão devem ser
considerados como sugestivos de possível reação transfusional, devendo ser
investigado para tal utilizando a FIT – ficha de investigação transfusional – anexo.

III - APLICAÇÃO CLÍNICA:

Atendimento com qualidade de todas as solicitações de transfusão de
hemocomponentes aos pacientes internados ou atendidos no ambulatório do
Hospital Universitário Júlio Müller.

FLUXOGRAMA na rotina transfusional:

 Receber requisição de transfusão devidamente preenchida e assinada pelo
  médico solicitante. Nunca esquecer de anotar hora recebimento.
 Conferir os dados da requisição da transfusão (APAC) se não estiverem
  corretamente preenchidos, devolver ao portador.
 Caso a requisição de transfusão esteja corretamente preenchida, verificar se o
  paciente já é cadastrado no Serviço de Hemoterapia – Ficha transfusional ou no
  computador.
 Colher amostra de sangue do receptor se for a primeira vez que tomará sangue
  no hospital, em casos de já ter recebido transfusão colher nova amostra após 72
  horas da realização da transfusão.
 A identificação dos tubos para coleta das amostras deve ser com nome do
  receptor, registro, Clínica, data coleta, assinatura de quem colheu.
 Caso o paciente já tenha a classificação ABO/Rh anterior fazer a comparação
  com o resultado atual, realizar também pesquisa de anticorpos.
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 Ambas as classificações estão conformes? IGUAIS? Se NÃO colher nova
  amostra.
 Se SIM selecionar o hemocomponente a ser transfundido.
 Retipar o hemocomponente (com HEMÁCIAS), se NÃO houver concordância na
  classificação anotar o resultado e pegar nova bolsa para realizar a
  reclassificação. Comunicar ao responsável pelo setor que tomará as providências
  cabíveis.
 Se a retipagem confere, realizar a PROVA DE COMPATIBILIDADE (PC) e a
  PESQUISA DE ANTICORPOS IRREGULARES DO PACIENTE (PAI).
 PC compatível e PAI negativo anotar o resultado, identificar e liberar a bolsa
  para transfusão.
 PC Incompatível anotar o resultado, selecionar outra bolsa e repetir o PAI.
 PAI positivo, anotar o resultado e ENVIAR AMOSTRA para o MT-Hemocentro
  para identificação de anticorpos e provas de compatibilidade até encontrar
  sangue compatível com o receptor para realizar a transfusão.
 Quando os resultados das provas pré-transfusionais demonstrarem que não há
  sangue compatível para o receptor o Serviço de Hemoterapia deve comunicar
  este fato ao médico solicitante.

Provas pré-transfusionais de rotina:

 Determinação do grupo ABO, do fator Rh e a pesquisa de anticorpos irregulares
  no sangue do receptor.
 Retipagem ABO de todas as bolsas de sangue e Rh da bolsa de sangue tipada
  como Rh negativo (CASO NÃO TENHA SIDO AINDA REALIZADA).
 Realização de uma prova de compatibilidade entre as hemácias do doador e o
  soro do receptor.

1. Exames no sangue do RECEPTOR adulto e crianças com mais de 4 meses de
idade:

ROTINA

     Classificações dos sistemas ABO e Rh, pesquisa de anticorpos irregulares,
Coombs direto e prova de compatibilidade na rotina serão realizadas pelos
métodos em tubo ou Gel.

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      Classificação em tubo dos sistemas ABO e Rh
   Prova de hemácias = Direta
   Prova de soro = Reversa
   Determinação do Fator Rh (D), caso negativo realizar técnica de exclusão de
   D-fraco.

   Pesquisa de Anticorpos Irregulares clinicamente significantes
 Técnicas: Salina/ Albumina /AGH ou Gel

   Prova de Compatibilidade em Tubo
 Técnicas: Salina/albumina/AGH ou Gel

2. Repetição de exames no sangue do DOADOR:

Quando for realizar transfusão de sangue total ou concentrado de hemácias
realizar:
 Retipagem do grupo ABO
 Retipagem do fator Rh em bolsas de sangue rotuladas de Rh Negativo

3. Provas de compatibilidade

Realizar quando for usar componentes sangüíneos que contenha hemácias.
 Utilizam-se hemácias do tubo coletor da bolsa a ser transfundida e o soro do
  receptor.
 Inspecionar o aspecto do sangue antes de realizar a prova de compatibilidade.
Caso haja qualquer discrepância nas provas pré-transfusionais, chamar profissional
responsável pelo setor para esclarecimento.

IV. AMOSTRAS: Hemácias / soro do receptor e Hemácias do doador

O técnico do serviço de Hemoterapia deverá colher às amostras

1. Identificar os tubos de hemólise da amostra do receptor no momento da coleta
   com nome completo, registro, data da coleta, nome do coletor.

2. Colher em tubo de hemólise 12x75 mm com EDTA - de 04 ml de sangue (ABO,
   Rh, CRh= controle de Rh e Coombs direto) – Se técnica em GEL / TUBO
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3. Colher em tubo de hemólise seco 12x75 mm - 5 ml de sangue sem anticoagulante
   para realização de PAI e prova de compatibilidade – Se técnica em TUBO.

4. As amostras devem ser devidamente transportadas em caixas térmicas.

5. As amostras hemolisadas ou lipêmicas devem ser desprezadas.

6. Armazenar os soros do receptor e amostra do sangue da bolsa transfundida por
   03 dias na geladeira entre 4 +/- 2o C.

OBSERVAÇÃO:
 Em paciente pediátrico colher apenas um tubo sem anticoagulante com 03 ml de
  sangue.
 Quando necessário enviar amostras para o MT-HEMOCENTRO estas deverão ser
  colhidas com e sem anticoagulante.

V. MATERIAIS:

Método em Tubo
1. Centrífuga sorológica de mesa
2. Estante de metal porta tubos
3. Banho Maria 37ºC
4. Micropipetas 50 l e 100 l
5. Tubos de ensaio 10 x 75 mm.

Método em Gel
1. Centrífuga para cartões
2. Incubadora para cartões 37°C
3. Micropipetas de 10, 25, 50 e 100 l
4. Cartões em gel.

Reagentes para método em Gel
1. Diluente 1 (Bromelina)
2. Diluente 2 (LISS)
3. Cartões de gel ID-ABD, ID-ABO/Rh, ID-confirmação D (Rh), ID-Liss/Coombs.

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VI. REAGENTES:

 Soro mono ou policlonais anti A, anti B, anti A,B. Caso seja utilizado anti-soros
  MONOCLONAIS, a utilização do soro anti A,B não é necessária.
 Soro anti D albuminoso (Rh), mono ou policlonais
 Soro anti gama globulina = Coombs = Monoespecífico.
 Soro poliespecífico = Anti Humano.
 Controle de Rh, da mesma procedência do soro anti D.
 Hemácias conhecidas de grupo A1 e B em suspensão salina 3 – 5%.
 Hemácias comerciais para triagem de anticorpos.
 Hemácias teste suspensão LISS
 Controle de Coombs - Hemácias controle, cobertas por anticorpos IgG.
 Solução fisiológica.
 Diluente 2 LISS

VII. PROCEDIMENTOS:

MÉTODO EM TUBO - PREPARAR SUSPENSÃO HEMÁCIAS:

    Receptor
    Doador

 Identificar um tubo de hemólise 12x75 mm com letra ”R” Receptor
 Identificar um tubo de hemólise 12x75mm com letra ”D” Doador

Lavar hemácias do Doador e Receptor
1. Colocar nos respectivos tubos de hemólise - 200 ul de concentrado de hemácias
   do Doador e Receptor (1 min / 3400 rpm)
2. Colocar soro fisiológico em cada tubo
3. Centrifugar a 3400 rpm por 1 minuto
4. Desprezar o sobrenadante e repetir mais 02 vezes os itens 02 e 03.

Hemácias suspensa em SALINA – 3 a 5%
1. Identificar 02 tubos de hemólise 12x75– doador e receptor
2. Colocar - 1000 ul Salina – soro fisiológico (salina
3. Colocar - 75 ul Hemácias do Doador no tubo D
4. Colocar - 75 l Hemácias do Receptor no tubo R
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SEPARAÇÃO DO SORO – RECEPTOR
Centrifugar o tubo sem anticoagulante 3 min / 3400 rpm.
Separar o soro do receptor em um tubo de hemólise já identificado.

Doador:
Hemácias suspensa Salina

Receptor:
Hemácias suspensa Salina
Soro

Procedimento técnico para: CLASSIFICAÇÃO SANGUÍNEA ABO/Rh

O sistema ABO primeiro sistema de grupo sangüíneo descoberto, é o único onde
anticorpos estarão certamente presentes no soro de indivíduos que não possuam
o(s) antígeno(s) correspondente(s). É o sistema mais importante para a prática
transfusional.
A classificação direta pesquisa a presença dos antígenos ABO nas hemácias testes,
enquanto a reversa pesquisa seus anticorpos correspondentes no soro, utilizando
hemácias comerciais (hemácias de triagem conhecidas).

1. Identificar os tubos de hemólise 12 x 75 mm com caneta de retroprojetor

    A         B       AB       Rh    CR    HA     HB

        DIRETA                              REVERSA

2. Colocar tubos de A-CR – Anti soro / controle / soro do receptor

•       50   ul   Soro Anti   A no tubo A
•       50   ul   Soro Anti   B no tubo B
•       50   ul   Soro Anti   A,B no tubo AB
•       50   ul   Soro Anti   Rh (D) no tubo Rh

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•    50 ul Controle Rh no tubo CR - Controle de Rh
•    100 ul Soro teste (Receptor) nos tubos de HA e HB

3. Colocar hemácias conhecidas e do receptor

♦ 50 ul hemácias A1 no tubo HA
♦ 50 ul hemácias B no tubo HB
♦ 50 ul Suspensão Hemácias do Receptor nos tubos de A a CR

4. Homogeneizar bem os tubos

1.   Colocar para centrifugar a 3400 rpm por 15 segundos ou 1000 rpm por 1 minuto
2.   Ressuspender o botão de hemácias formado agitando levemente
3.   Ler para aglutinação e hemólise, usando auxiliar ótico.
4.   Anotar os resultados em cruzes ou escore de acordo com a graduação apropriada

MÉTODO EM GEL

Tipagem ABD/ABD (monoclonal) – DIRETA dois pacientes por cartão

Cartão
ID-Dia Clon Conf.ABD/ABD
Diluente
Diluente 2 (LISS)
Amostra
Hemácias (sedimento)
Suspensão
500 ul de Diluente 2 + 25 ul de hemácias (sedimento)

Técnica* -- (Resumo prático, não substituir pelas instruções de uso contidas na
caixa do produto)

1. Preparar a estação de trabalho colocando nos respectivos furos os tubos das
   amostras bem centrifugadas ao lado de um tubo já contendo 500ul de diluente
   2 (LISS) em direção a um cartão de DiaClon ABD/ABD.

2. Identificar, de cima para baixo, os cartões em relação aos respectivos tubos de
   amostras.
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3. Começando da amostra do primeiro paciente, pipetar exatamente 25 ul de
   hemácias (sedimento) nos tubos contendo 500ul de diluente 2 liberando a
   ponteira dentro do tubo de suspensão e passando à segunda amostra e assim
   sucessivamente.
4. Abrir os cartões devidamente identificados e pipetar 12,5 ul, desta suspensão
   de hemácias acima, nos micro tubos A,B,D/A,B,D (dois pacientes por cartão).
5. Centrifugar e Ler.

Tipagem REVERSA (Prova de Simonin) em cartão de gel neutro

Cartão
ID-NaCI/Cinza./AF
Hemácias
ID-DiaCell A1,B
Amostras
Soro ou Plasma
Técnica -- (Resumo prático, não substituir pelas instruções de uso contidas na
caixa do produto).

1. Prepara a estação de trabalho colocando os tubos das amostras bem
   centrifugadas em direção a um cartão ID-NaCI/Enz./AF e, na parte superior da
   estação, identificar e colocar dois tubos contendo uma quantidade de hemácias
   A1 e B (do ID-DiaCell a1 B).
2. Identificar os cartões em relação aos respectivos tubos de amostras dividindo e
   isolando dois micros tubos para cada prova reversa, identificando como A1 e B
   cada micro tubo e no corpo do cartão o nome do respectivo paciente.
3. Abrir os cartões e pipetar 50 ul de todas as hemácias A1 e B nos respectivos
   micros tubos de cada cartão devidamente identificados.
4. Pipetar 50 ul do plasma ou soro sobre as hemácias A1 e B, descartando a
   ponteira.
5. Centrifugar e Ler.

Tipagem Rh (Enzimática com soro Policlonal de origem Humana)

Cartão
ID-Anti-D (Humano)

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Diluente
ID-Diluente 1 (Bromelina)
Amostra
Hemácias (sedimento)
Suspensão
500 ul de Diluente 1 + 25 ul de hemácias (sedimento)

Técnica* -- (Resumo prático, não substituir pelas instruções de uso contidas na
caixa do produto)

1. Preparar a estação de trabalho colocando nos respectivos tubos das amostras
   bem centrifugadas ao lado de um tubo contendo 500ul de ID-Diluente 1
   (bromelina) em direção a um cartão ID-Anti-D.
2. Identificar os cartões em relação aos respectivos tubos de amostras.
3. Pipetar 25 ul de hemácias (sedimento) nos tubos contendo 500ul de ID-diluente 1
4. Incubar 10 minutos a T.A.
5. Abrir os cartões e pipetar 12,5 ul dessa suspensão de hemácias nos micro tubos
   respectivamente identificados.
6. Centrifugar e Ler
Obs.: Para se realizar concomitantemente o controle do teste, pipetar 12,5 ul da
mesma suspensão no cartão NaCl/Enz/AF (Neutro) juntamente com prova.

        INTERPRETAÇÃO:
                                   DIRETA                     REVERSA
      Reagentes /        Soro        Soro      Soro      Hemácias Hemácias
      Grupo ABO         Anti-A      Anti-B    Anti-AB      A1         B
          A               +           -          +          -         +
           B              -           +          +          +         -
          AB              +           +          +          -         -
          O               -           -          -          +         +

 As reações esperadas para testes positivos são 3+ e 4+.
 A presença de aglutinação nos tubos de hemácias teste e presença de hemólise
  nos tubos de soro teste indicam reações positivas.
 Hemácias suspensas, após leitura do botão de hemácias, correspondem a
  resultado negativo.
 Discrepâncias entre a classificação direta e reversa devem ser resolvidas antes
  da interpretação do grupo sanguíneo da amostra teste. Não deverão ser
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  liberados antes da realização de testes adicionais necessários, incluindo-se
  testes com lecitinas anti-A1 e anti-H.

Qualquer discrepância entre a tipagem DIRETA e REVERSA deverá ser
resolvida pelo responsável técnico do serviço que será informado
imediatamente.

Rh Positivo e Rh Negativo

       O termo Rh positivo e Rh negativo, refere-se à presença (Rh positivo) ou
ausência (Rh negativo) na membrana da hemácia do antígeno D, que é, após os
antígenos A e B, o mais importante em transfusão de sangue.
       O anticorpo anti-D não esta normalmente presente no soro/plasma dos
pacientes Rh negativos. Seu desenvolvimento depende de uma exposição prévia ao
antígeno. 80 % das pessoas Rh negativo que recebem pelo menos uma transfusão Rh
positivo, poderão desenvolver o anticorpo anti-D. O antígeno é muito imunogênico
determinando que grande parte das pessoas expostas ao antígeno desenvolva o
anticorpo. Os mecanismos comuns de imunização são gestações e/ou transfusão
anterior.
       Outros antígenos do sistema Rh tem também importância clínica, entre eles C
(grande) e c (pequeno), E (grande) e e (pequeno). A combinação dos 05 principais
antígenos do sistema Rh, avaliando-se a partir da nomenclatura de Fisher e Race
oferecem ferramentas para a resolução de problemas diários.

INTERPRETAÇÃO para tipagem Rh e Pesquisa de D-fraco:

1. Quando a prova para tipagem do fator Rh(D) ou a prova para D-fraco resultar
    POSITIVOS a tipagem será considerada Fator Rh positivo.
2. Quando a prova para tipagem do fator Rh(D) ou a prova para D-fraco resultar
    NEGATIVOS a tipagem será considerada NEGATIVA, ou seja, Fator Rh
    negativo.
3. Para que a tipagem do fator Rh possa ser considerado como válido o resultado do
    controle de Rh é sempre NEGATIVO.
4. Caso o controle de Rh (tubo CR) seja POSITIVO não considerar o seu Rh e
    proceder da seguinte maneira:
 Considerar INVÁLIDA a tipagem Rh.
 Utilizar antissoro anti-D da classe IgM.
 Chamar o responsável para resolver o caso.
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                   TITULO: Provas pré-transfusionais

 Se houver URGÊNCIA considere o paciente como Rh negativo e fizer a prova de
    compatibilidade com sangue Rh negativo.
5. Todos os resultados Rh Negativo fazer a pesquisa de D-fraco

Procedimento técnico para PESQUISA de D-fraco em TUBO:

1. Pegar os 02 tubos de hemólise identificados Rh e CR que deram negativos
2. Incubar os 02 tubos - Rh e CR em Banho Maria a 37ºC durante 15 minutos
3. Retirar os tubos do BM e centrifuga-los a 3400 rpm por 15 segundos
4. Fazer a leitura para presença ou ausência de aglutinação
5. Quando negativo realizar a lavagem 03 x com soro fisiológico
6. Desprezar o sobrenadante e secar bem os tubos
7. Adicionar soro de Coombs (Anti IgG) 100 ul, homogeneizar bem os tubos
8. Centrifugar a 3400 rpm por 15 segundos
9. Fazer a leitura
10. Se houver ausência de aglutinação nos 02 tubos:
     Pingar Controle de Coombs 50 ul cada tubo
     Homogeneizar, centrifugar a 3400 rpm por 15 segundos e fazer a leitura
     Para que o teste seja validado os tubos devem dar positivos, caso contrário
       reiniciar todos os procedimentos.

Interpretação:
• Se o tubo Rh der positivo com o tubo CR negativo você tem um paciente D fraco
  positivo, ou seja, Rh negativo D-fraco positivo, ideal usar sangue Rh negativo,
  principalmente para crianças e mulheres em idade fértil.

• Se o tubo Rh der negativo o paciente é D fraco negativo e só poderá receber
  sangue Rh negativo.

D fraco
A característica de reagir de modo atípico com anti-D apresentada por algumas
células foi descrita por Stratton, em 1946, como sendo tais células portadoras do
fenótipo Dfraco. De acordo com a descrição original, esse fenótipo não reagia ao
método de aglutinação direta, mas podiam ser expressos com o uso da técnica de
AGH indireto. (Coombs Indireto). Atualmente sabemos que a diferença entre D+ e
Dfraco é quantitativa, não qualitativa. A maioria dos soros monoclonais utilizados
regularmente nas rotinas, são capazes de detectar a maioria das amostras que
foram até então classificadas como Dfraco.
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D Parcial
As hemácias que ao serem testadas com antisoros monoclonal apresentar
resultados negativos para o antígeno D, ou seja, Rh negativo deverão ser testadas
novamente utilizando-se reagentes de origem humana, policlonais para determinação
da possibilidade de tratar-se de um D categoria. Sabe-se que a presença de
epitopos de um antígeno D parcial é capaz de determinar a formação de um
anticorpo correspondente.

Os D parciais, fenótipos raros de antígeno D positivos, foram divididos em
categorias numeradas de I a VII. As categorias III, IV e V, em face de algumas
outras evidências sorológicas foram subdivididas.

RECOMENDAÇÕES:
  1. Utilizar um antissoro monoclonal que detecta o antígeno D parcial categoria VI
     (DVI- ou IgG) e um antissoro que não detecta o antígeno D parcial categoria
     VI (DVI- ou Ig M), quando houver discrepância nos resultados entre os dois
     antissoros utilizados deve-se investigar a presença de D fraco e D parcial na
     amostra.
  2. Em pacientes RhD-negativo recomenda-se a pesquisa de antígeno “C” e ”E”

PESQUISA ANTICORPOS Irregulares:

PRINCÍPIO:

      Anticorpos ditos irregulares são aqueles formados por imunização devido a
transfusões, gestação ou ingestão constante de material imunogênico, sendo de
classe IgG ou IgM. Em teste pré-transfusionais, além da determinação ABO e Rh é
obrigatória também a realização da pesquisa de anticorpos irregulares em
receptores de hemocomponentes (R.D.C No 343 de 13/12/02). É um teste de
triagem onde em casos de pesquisa positiva, deve-se identificar a classe e
especificidade do anticorpo responsável, para a seleção de sangue compatível,
antígeno negativo para a transfusão. O teste emprega um KIT contendo no mínimo
duas suspensões de hemácias O (hemácias de triagem), as quais possuem a maioria
dos antígenos estudados em rotina de banco de sangue.
Havendo presença de anticorpos irregulares no soro a ser testado, estes reagirão
com os antígenos correspondentes, presentes nas hemácias de triagem.

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       Anticorpos da classe IgM são normalmente detectados em meio salino e
temperatura ambiente, enquanto que anticorpos da classe IgG são detectados
através da utilização do soro antiglobulina humana após a incubação a 37ºC.
Quanto às enzimas proteolíticas, sabe-se que modificam os antígenos presentes na
membrana eritrocitária, podendo retirá-los ou torná-los aglutináveis em suspensões
salinas.
 Os antígenos sensíveis à ação enzimática são os dos sistemas MNS Duffy Xga os
anticorpos cuja reatividade é aumentada pela ação de enzimas são os dos sistemas
Rh, Kidd, Lewis e P. A ação enzimática inclui ainda modificações nas propriedades
físicas da suspensão de hemácias, podendo causar auto-aglutinação sem presença de
processos auto-imunes.
       As técnicas enzimáticas podem ser associadas ao soro anti-gama globulina
humana     (soro anti IgG) e podem ser utilizadas em técnicas de 1 ou 2 estágios. Na
primeira adiciona-se a enzima diretamente a mistura soro + hemácias, sendo mais
bem indicada para testes de triagem enquanto que no segundo procedimento as
hemácias são previamente tratadas com enzimas e depois misturadas ao soro teste,
sendo melhor indicado para identificação de anticorpos.
As principais enzimas utilizadas em testes imunohematológicos são: BROMELINA
(abacaxi), PAPAINA (mamão), TRIPSINA (estômago de porco) e FICINA (ficus).
As alíquotas de solução enzimáticas devem ser mantidas em freezer, devendo-se
desprezá-las após o descongelamento e utilização. Não utilizaremos as técnicas
enzimáticas.

Procedimento técnico em TUBO para pesquisa de ANTICORPOS
IRREGULARES:

SALINA / ALBUMINA / A.G.H.
Identificar 2 Tubos

     I       II

1.       Soro do receptor – colocar 100 ul em cada tubo
2.       Hemácias triagem I – Pingar 50 ul no tubo I
3.       Hemácias de triagem II – Pingar 50 ul no tubo II
4.       Centrifugar 3400 rpm por 15 segundos ou 1000 rpm por 1 minuto

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5. Ressuspender o botão de hemácias formado agitando levemente
6. Ler para aglutinação e hemólise, usando um auxiliar ótico. Interpretar
7. Anotar os resultados em cruzes ou escore de acordo com a graduação
   apropriada

CASO os tubos I e II sejam:

 I        II

A. Negativo REALIZAR A SEGUINTE Técnica

1. Albumina Bovina 22% acrescentar 100 ul cada tubo
2. Incubar em Banho-maria à 37ºC por período variando entre 15 minutos e 1 hora
   de acordo com a orientação do fabricante.
3. Centrifugar 3400 rpm por 15 segundos, ler e anotar os resultados.
4. Lavar 03 vezes com soro fisiológico, desprezar o sobrenadante e secar os tubos.
5. Soro Anti Humano (Poli específico) acrescentar 100 ul em cada tubo
6. Homogeneizar e centrifugar 3400 rpm por 15 segundos, ler e anotar os
   resultados.
7. POSITIVO = presença de anticorpos irregulares encaminharem amostra ao MT
   HEMOCENTRO para identificação de anticorpos e comunicar ao responsável pelo
   Serviço.
8. NEGATIVO = Ausência de anticorpos irregulares neste caso:
9. Acrescentar Controle Coombs 1 gota em cada tubo,
10. Homogeneizar e centrifugar os tubos a 3400 rpm por 15 segundos e ler,
   resultará POSITIVO após usar o controle de Coombs para poder validar o teste,
   se for negativo refazer todo o teste desde o inicio usar soro poli específico de
   outro lote e o mesmo.

B. Positivo:

      I        II

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1.  Colocar no Banho Maria - Soro do receptor por 15 minutos
2.  Identificar 02 tubos de hemólise I e II – deixar no BM por 15 minutos
3.  Soro receptor aquecido previamente - acrescentar 100 ul em cada tubo
4.  Hemácias I – acrescentar 50 ul no tubo I
5.  Hemácias II – acrescentar 50 ul no tubo II
6.  Incubar Banho Maria a (37ºC) durante 1 hora
7.  Centrifugar 3400 rpm por 15 segundos, ler e anotar os resultados.
8.  Lavar 03 vezes com soro fisiológico (salina)
9.  Soro Poli específico = anti globulina Humana (AGH) - acrescentar 100 ul cada
    tubo
10. Centrifugar 3400 rpm por 15 segundos, ler e anotar os resultados.
11. Positivo = presença de anticorpos irregulares na amostra do receptor –
    Encaminhar para o MT-HEMOCENTRO para identificação de anticorpos
12. Negativo = ausência de anticorpos irregulares neste caso:
♦ Acrescentar Controle Coombs 1 gota em cada tubo
♦ Homogeneizar e centrifugar os tubos a 3400 rpm por 15 segundos e ler,
    resultará POSITIVO após usar o controle de Coombs para poder validar o teste,
    se for negativo refazer todo o teste desde o inicio usar soro poli específico de
    outro lote e o mesmo.

 INTERPRETAÇÃO:

•    Ausência de aglutinação em todas as etapas do teste indica ausência de
     anticorpos irregulares contra antígenos presentes nas hemácias de triagem.
•    Presença de aglutinação em fase de anti-gamaglobulina humana indica presença
     de anticorpos da classe IgG, os quais geralmente possuem importância clinica,
     devendo-se selecionar sangue antígeno-negativo para a transfusão.
•    No caso de pesquisa positiva, realizar a identificação do(s) anticorpo(s). Os
     métodos enzimáticos não deverão ser utilizados como única técnica de triagem
     de anticorpos, por excluírem anticorpos, cujos antígenos correspondentes foram
     destruídos pelas enzimas utilizadas.

Pesquisa de Anticorpos Irregulares (teste de Coombs Indireto) - GEL

Cartão
ID-LISS/Coombs

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Hemácias
Células I e II do ID-DiaCell I+II

Amostra do receptor
Soro ou Plasma bem centrifugado

Técnica -- (Resumo prático, não substituir pelas instruções de uso contidas na caixa
do produto).

1. Preparar a estação de trabalho colocando os tubos das amostras bem
   centrifugadas em direção aos cartões LISS/Coombs.
2. Identificar dois ID-Tubos como I e II e colocar uma quantidade de células do
   ID-DiaCell I+II respectivamente.
3. Isolar e Identificar dois micros tubos no cartão como I e II e o nome do
   paciente logo abaixo.
4. Pipetar 50ul das células do ID-DiaCell I+II nos micro tubos devidamente
   identificados.
5. Pipetar 25ul do soro ou plasma sobre as células já pipetadas.
6. Incubar por 10 minutos a 37ºC no ID-Incubadora.
7. Centrifugar 1000 rpm durante 10 minutos e Ler.

     PROVA DE COMPATIBILIDADE = PROVA CRUZADA:

PROCEDIMENTO EM GEL

Cartão
ID-LISS/Coombs
Diluente
Diluente 2 (LISS) para suspensão das hemácias do doador
Amostra
Doador: Sangue da Cânula da bolsa ou sangue total bem centrifugado.
Paciente: Plasma ou soro.

Suspensão
1000ul de Diluente 2 (LISS Modificado) + 10 a 12,5 ul de hemácias (sedimento)

Técnica (Resumo prático, não substituir pelas instruções de uso contidas na caixa
do produto.)
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1. Preparar a estação de trabalho colocando da esquerda para a direita:
• Os tubos das amostras bem centrifugadas dos pacientes (separados soro ou
   plasma)
• Seguida das cânulas das bolsas (no interior de um tubo)
• Seguida de um ID-Tubo com 1000ul de ID-Diluente 2
• Em direção a um cartão ID-LISS/Coombs.
2. Identificar os cartões e relação aos respectivos de amostras isolando, com uma
   caneta, um ou mais micro tubos e sob ele o nº da (s) bolsa (s) do (s) doador (es) e
   no corpo do cartão o nome do paciente, imediatamente abaixo dos respectivos
   micros tubos.
3. Sangrar as cânulas nos tubos, desprezando-as, e pipetar 10 a 12,5 ul das
   hemácias no ID-Tubo contendo p ID-Diluente 2 (LISS Modificado) e
   homogeneizar.
4. Abrir os cartões e pipetar 50 ul da suspensão descrita acima no(s) respectivos
   micros tubo(s) do cartão ID-LISS /Coombs, devidamente identificado(s)
5. Em seguida pipetar 25ul de plasma ou soro sobre as respectivas hemácias.
6. Incubar os cartões por 10 minutos a 37ºC no ID-incubadora.
7. Centrifugar e Ler

Interpretação

 Compatibilidade ABO e Rho (D) confirmada: os micro tubos A-B-D apresentam
  reações claramente positivas ou negativas.
 Compatibilidade ABO e Rho (D) não confirmada: presença de dupla população de
  hemácias num mesmo micro tubo.
 Compatibilidade Receptor-Doador: reações negativas nos testes enzimáticos e
  de Coombs.
 Incompatibilidade Receptor-Doador: reações positivas (fortes ou fracas) nos
  teste enzimático e/ou de Coombs.
 Autocontrole positivo: verificar presença de auto-anticorpo no receptor.

♦ Procedimento Técnico em TUBO: SALINA/ALBUMINA/AGH

1. Lavar 200 ul de hemácias do doador 03 vezes com soro fisiológico
2. Preparar a suspensão de hemácias do doador a 3-5% (Salina)
3. Suspensão Hemácias – 1 ml soro fisiológico + 75 ul hemácias do doador

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4. Identificar os tubos 120 x 100 mm

                S     A

5. Acrescentar em cada tubo 100 ul de soro receptor.
6. Acrescentar no tubo A 100 ul Albumina Bovina 22%
7. Acrescentar 50 ul suspensão hemácias doador (Salina) – nos tubos S e A
8. Homogeneizar – Centrifugar 3400 rpm 15 segundos e ler
9. Incubar o tubo A em banho-maria a 37ºC por 15 minutos
10. Homogeneizar o tubo, centrifugar a 3400 rpm por 15 segundo e fazer a leitura.
11. Lavar os tubos 03 vezes com soro fisiológico, centrifugar a 3400 rpm por 45
    segundos, desprezar o sobrenadante, secar dos tubos.
12. Pingar soro antiglobulina humana – poli especifico 100 ul no tubo A
    homogeneizar
13. Centrifugar 3400 rpm por 15 segundos e ler
14. Se negativo (= prova cruzada compatível) pingar 50 ul Controle de Coombs em
    cada tubo, centrifugar e ler, para validar o teste tem que dar positivo, caso
    contrário refazer os testes.
15. Se positivo indica incompatibilidade, essa bolsa de sangue não pode ser usada,
    chamar o responsável para esclarecer o caso.

             COMPATÍVEL - Ausência Aglutinação em todos os tubos
PROVA     INCOMPATÍVEL - Presença de Aglutinação em qualquer tubo ou fase
          (Chamar responsável para resolver o caso)
                                           Chamar responsável

ATENÇÃO      –   NOS    CASOS     DE EMERGENCIA O SANGUE OU
HEMOCOMPONENTE PODERA SER LIBERADO APENAS NA FASE SALINA,
mas as provas devem ser terminadas.

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PROVA DE COMPATIBILIDADE ESQUEMÁTICA:

1. Salina / Albumina / AGH

•   100 ul de soro receptor em cada tubo         S           A
•   100 ul de Albumina Bovina 22% tubo A
•   50 ul hemácias suspensa salina doador
•   Tubo S e A centrifugar 3400 rpm 15 segundos e ler
•   Incubar o tubo A - BM 15 minutos
•   Centrifugar e ler
•   Lavar tubo A 3x Salina
•   Soro Poliespecífico - 100 ul
•   Centrifugar e ler
•   Controle Coombs - 1 gota
•   Centrifugar, ler e anotar

AUTOPROVA

                               - Suspensão de hemácias doador e receptor
-   Colocar Banho Maria         - Soro do receptor
                                - Identificar tubo S1 e Au

    Au      S1


    Soro receptor - 2 gotas cada tubo

    Suspensão de hemácias doador - 1 gota no tubo S1
   Suspensão de hemácias Receptor - 1 gota no tubo Au
   Banho-maria 37ºC durante 1 hora
   Centrifugar, ler e anotar
   Lavar 3X Salina
   Soro Poli específico - 2 gotas
   Centrifugar, ler e anotar
   Negativo - Controle Coombs - 1 gota
   Centrifugar e ler

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INTERPRETAÇÃO:

1. Compatibilidade Receptor-Doador: reações negativas nos testes de Coombs.
2. Incompatibilidade Receptor-Doador: reações positivas (fortes ou fracas) em
   qualquer fase dos testes.
3. Autocontrole positivo: verificar presença de auto-anticorpo no receptor.

    INCOMPATIBILIDADES

FASE SALINA IMEDIATA: Esta fase revela anticorpos frios de natureza IgM
em geral
(Anti-A, Anti-B, Anti-A,B, Anti-M, Anti-I, Anti-P, Anti –Le ª )

Conduta:
1. Retipar o ABO
2. Fazer painel frio no soro do receptor,          incluindo   controle   autólogo
   (AUTOPROVA).
3. Se o PAI no soro do receptor foi negativa:
♦ Erro na tipagem ABO
♦ Anti-A1 no soro de subgrupo A2 ou A2B
♦ Hemácias poliaglutináveis.

FASE ALBUMINA IMEDIATA

Nesta fase alguns anticorpos de natureza IgG já podem ser revelados. Detecta a
presença de anticorpos para o sistema Rh e ocasionalmente anti-Kell e anti-Fya.

TESTE DE ANTIGLOBULINA DIRETA (T.A.D.) = COOMBS DIRETO

OBJETIVO: Pesquisar sensibilização in vivo através de transfusão e gestação.

PRINCÍPIO: É utilizado para demonstrar a presença de hemácias recobertas por
anticorpos in vivo, principalmente IgG e C3d.

AMOSTRAS: 05 ml de sangue com anticoagulante

MATERIAIS:
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•   Centrífuga sorológica de mesa.
•   Estante de metal, porta tubos.
•   Pipeta automática 50 ul, 100 ul e 1000 ul.
•   Tubos de ensaio 10 x 75 mm.
•   Negatoscópio para leitura.

REAGENTES:

•   Soro anti-gama globulina humana poli específico (soro anti-humano).
•   Soro anti-gama globulina humana mono específico (soro anti-IgG). O uso deste
    reagente é importante na diferenciação do tipo de globulinas presentes na
    superfície das hemácias a serem testadas
•   Hemácias a serem testadas lavadas por no mínimo 03 vezes com solução
    fisiológica e preparadas em suspensão de 3-5%.
•   Reagente comercial de hemácias controle, recobertas por anticorpos IgG.

PROCEDIMENTO (método tubo)

1. Usar Hemácias colhidas com EDTA, lavar 3x, fazer suspensão Hemácias a 3–5%.
2. Identificar 02 tubos 12 x 75 mm

    CM    CP

3. Cada tubo colocar 50 ul suspensão hemácias lavadas e suspensas (3-5%) lavar
    mais 1x, decantar bem a última lavagem.
4. Pingar 100 ul soro mono específico no tubo CM.
5. Pingar 100 ul soro poli específico no tubo CP.
6. Homogeneizar, Centrifugar 15 segundos 3400 rpm.
7. Observar presença ou ausência de aglutinação.
8. Se der Positivo em qualquer tubo chamar o responsável para resolver o caso.
9. Em caso de ausência de aglutinação, incubar os tubos em temperatura ambiente
    15 minutos, a fim de se observar presença de reação por fração de
    complemento.
10. Centrifugar 15 segundos 3400 rpm.
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11. Fazer leitura. Nunca eliminar qualquer uma das leituras.
12. Se der Negativo pingar em cada tubo 50 ul Controle de Coombs.
13. Leitura com reação de 3 a 4 + após a centrifugação 15 segundos 3400 rpm.

Obs.: ítem 12, caso tenha dado Negativo após colocar o controle de Coombs,
refazer os testes com os mesmos soros e usando novos soros mono e poliespecífico.

Coombs Direto em TUBO

•   Identificar os tubos 12 x 75 mm.
•   Preparar Suspensão Hemácias 3-5%.

    CM    CP

    Suspensão Hemácias - 50 ul cada tubo
    Lavar 3x Salina
    Coombs (mono específico) - 100 ul tubo CM
    Anti Humano (poliespecífico) - 100 ul tubo CP
    Se Negativo incubar TA 15 min. Centrifugar e ler
    Homogeneizar, centrifugar, ler e anotar os resultados
    Se negativo - Controle Coombs 50 ul cada tubo
    Centrifugar e ler

Esta última etapa permite avaliar:

• Se as hemácias testes foram corretamente lavadas, caso contrário haverá
  neutralização dos anticorpos do reagente AGH pelas globulinas residuais
  presentes no soro do paciente, que não foram totalmente retiradas com a
  lavagem das hemácias, apresentando resultado falso-negativo, devendo-se assim
  repetir a pesquisa.
• Se o soro AGH que está sendo utilizada esta funcionando. Repetir a pesquisa
  caso não se observe aglutinação, utilizando um frasco novo de AGH.

Interpretação

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AGÊNCIA TRANSFUSIONAL - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO MULLER
         Rua Luis Philippe Pereira Leite, S/N – Jardim Alvorada
                  CEP – 78048-902 Fone: 3615-7391
                   TITULO: Provas pré-transfusionais

•   Hemácias testes em suspensão e hemácias controle relativas indicam resultado
    negativo.
•   Caso não seja observada aglutinação no tubo de hemácias controle devem-se
    desconsiderar os resultados do T.A.D. e realizar-se um novo procedimento.
•   Em amostras com T.A.D. positivo, deverão ser realizados testes adicionais,
    incluindo-se eluição e pesquisa de frações de complementos e IgA. Não deverão
    ser liberados resultados antes da conclusão de toda a pesquisa.

PROCEDIMENTO (método gel)

Teste de Coombs Direto com Gel

Cartão
ID-LISS/Coombs

Amostra
Sangue Total ou Sangue de Cordão, bem centrifugado

Diluente
Diluente 2 (LISS)

Suspensão
1000ul de Diluente 2(LISS) + 10 a 12,5 ul de hemácias (sedimento)

Técnica ( Resumo prático, não substituir pelas instruções de uso contidas na caixa
do produto.)

Preparar a estação de trabalho de acrílico colocando nos tubos das amostras bem
centrifugadas em direção a um tubo contendo 1000ul de ID-Diluente 2(LISS) em
direção ao cartão ID-LISS/Coombs.

Identificar os cartões isolando um micro tubo e identificando sob este o nome do
paciente e as iniciais CD.

Pipetar 10 a 12,5 ul de hemácias (sedimento) em 1000ul do diluente 2 (LISS) dos
tubos laterais às amostras.

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Abrir os cartões, devidamente identificados e pipetar 50ul da suspensão acima nos
respectivos micros tubos.

Centrifugar e Ler

Obs.: Não é necessária a Incubação.

Interpretação: Reação Positiva:
Presença de anticorpos
Presença de alo-anticorpos em casos de Doença Hemolítica do Recém-Nascido
(D.H.R.N.) ou Reações Hemolíticas Pós-Transfusionais.

   VIII. SELEÇÃO DE HEMOCOMPONENTES PARA TRANSFUSÃO/ PROVA
                       PRÉ-TRANSFUSIONAIS

Baseada na Resolução da Diretoria Colegiada No1353 de 13 de junho de 2011.

O sangue total e concentrado de hemácias deve ser ABO compatíveis. Desde que
compatíveis, pode ser utilizado sangue total e concentrados de hemácias
heterogrupos nos sistema ABO.

Os receptores Rh(D) positivo podem receber sangue total ou hemácias Rh(D)
positivo ou Rh(D) negativo.

Os receptores Rh(D) negativo devem receber sangue total ou hemácias Rh(D)
negativo, exceto em circunstâncias justificadas e desde que não apresentem
sensibilização prévia.

Plasma dos indivíduos AB é isento de anticorpos dirigidos contra antígenos ABO,
este pode ser transfundido para qualquer grupo ABO. As transfusões de plasma
devem ser ABO compatíveis com as hemácias do receptor, ou seja, devem ser
transfundidos com o mesmo grupo sanguíneo do receptor – isogrupos.

É desnecessária a realização de prova de compatibilidade antes da transfusão de
plasma, Crioprecipitado e concentrados de plaquetas.

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As transfusões de Crioprecipitado em crianças devem ser isogrupo ou ABO
compatíveis. Em recém-nascidos, o plasma contido nos concentrados de plaquetas
deverá ser ABO compatível com as hemácias do receptor.

É obrigatória a realização da Prova de compatibilidade maior entre as hemácias
obtidas do tubo coletor da bolsa do doador e o soro do receptor, sempre que for
realizar transfusão de hemocomponentes que contenha HEMÁCIAS.

Casos de transfusão de extrema urgência se não houver amostra de sangue do
receptor no serviço ou se não houver tempo para tipa,-lo é recomendável o uso de
sangue “O Negativo”. Não havendo este tipo de sangue em estoque no serviço,
poderá ser usado sangue “O Positivo”, sobretudo em pacientes do sexo masculino ou
em pacientes de qualquer sexo com mais de 45 anos de idade. NOS CASOS DE
EMERGENCIA O SANGUE TOTAL OU CONCENTRADO DE HEMÁCIAS
PODERA SER LIBERADO SEM PROVA DE COMPATIBILIDADE desde que o
quadro clínico justifique a urgência e ou emergência e o médico responsável faça a
solicitação da transfusão no formulário apropriado, afirmando que conhece o risco e
concorda com o procedimento. As provas pré-transfusionais devem ser realizadas
até o final mesmo que a transfusão já tenha sido completada.

Se a detecção de anticorpos irregulares for NEGATIVA e não existirem
antecedentes da presença de tais anticorpos, só é necessária a realização da FASE
SALINA da prova de compatibilidade, para evidenciar eventual incompatibilidade
ABO.

Quando os resultados das provas pré-transfusionais demonstrarem que não há
sangue compatível para o receptor, o técnico do serviço de Hemoterapia deve
comunicar este fato ao médico solicitante da transfusão e em conjunto com este,
realizar uma avaliação clínica do paciente. Caso seja feita a opção de se transfundir
sangue incompatível, esta decisão deve ser justificada por escrito, em termo que
deve ser assinado pelo Hemoterapeuta, pelo médico-assistente do paciente e,
quando possível, pelo próprio paciente ou por seu responsável legal.

O médico do serviço de Hemoterapia pode suspender uma transfusão, quando
considerá-la desnecessária. Estes casos deverão ser discutidos no Comitê
Transfusional da Instituição.

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