BRAZIL: BOLSONARO, THE BURNING AMAZON AND BRAVE YOUNG FEMINISTS

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BRAZIL: BOLSONARO, THE BURNING AMAZON AND BRAVE YOUNG FEMINISTS
BRAZIL: BOLSONARO, THE
BURNING AMAZON AND BRAVE
YOUNG FEMINISTS
ARIANE COR - GLOBAL RESILIENCE FUND PANELIST, BRAZIL

Surviving in the year 2020 was               unable to keep rent payments in the
extremely difficult...                       main cities of the country, prevented
                                             from being at home protected from
In Brazil, for many girls, women and         the virus, without an effective health
LGBTQI+ or gender non-conforming             programme, emergency financial
people, those with disabilities or           assistance and adequate information
neuroatypics, being at home with their       for the prevention and treatment of
partners and family was a major threat.      the disease.
For black people, indigenous people,
quilombolas, migrants, people living         The feeling of helplessness and
on the streets or those with restricted      despair persisted day and night. In
freedom, the challenges of surviving         addition to the individual crisis that
different forms of social violence, often    each of us Brazilians felt for our own
directly promoted by the State, have         lives and those of our loved ones,
been further exacerbated by the risks        we were plagued by concern about
of the pandemic.                             our political performance during the
                                             pandemic, in a country governed
Loneliness, abandonment, pain -              by an extreme right, misogynist,
ourAmazon and Pantanal regions on            homophobic, racist and destroyer
fire, the increase in cases of domestic      of the planet.
violence, rape and femicide, the murder      For us feminists, who weave our
of indigenous and quilombola leaders,        networks of solidarity through
recurring news of black children killed      affection, between workshops,
by police weapons in communities,            meetings, marches, circles and
the hunger, unemployment and the             parties, measures of physical
number of families living on the streets -   distance, in order to contain the
this became the face of so much chaos.       pandemic, have brought even more
It was the most vulnerable people            challenges to our daily struggle.
who were left to fend for themselves,
Anguishing questions invaded              (PORTUGUESE - PORTUGUÊS)
our minds and social media every
moment. What will it be possible          Sobreviver no ano de 2020 foi
to do this year? What should be our       extremamente difícil.
priority? How to get help? How to
prioritise who needs the most help?       No Brasil, para muitas meninas,
Where to find inspiration to survive      mulheres e pessoas LGBTQI+ ou
the lack of everything?                   de gênero não-conforme, com
                                          deficiência ou neuroatípicas, estar
The response of young women was,          em casa com seus companheires e
and will be collective. The answer lies   familiares foi uma grande ameaça.
in our bonds, even though accessing       Para as pessoas negras, indígenas,
them is more difficult now.               quilombolas, migrantes, em situação
                                          de rua ou de restrição de liberdade,
Through the Global Resilience Fund,       os desafios de sobreviver às diferentes
we were able to access the responses      formas de violência social, muitas
of peasant companions in Bolivia,         vezes promovidas diretamente pelo
indigenous youth in Mexico, women’s       Estado, foram ainda mais agudizados
groups in Xingu, Islamic women in         diante dos riscos da pandemia.
Barbados, LGBTQI+ people organised
in Azerbaijan, deaf women in Kenya,       Solidão. Abandono. Dor. Amazônia
sex workers in India, young students      e Pantanal em chamas. Aumento
in Nigeria, lesbians in Georgia,          de casos de violência doméstica,
queers in Palestine, mothers and          estupro e feminicídio. Assassinato de
caregivers around the world, and          lideranças indígenas e quilombolas.
so many wonderful others who,             Notícias cada vez mais recorrentes de
with extraordinary creativity, are        crianças negras mortas pelas armas da
developing solutions for life and         polícia nas comunidades. Aumento
defending the rights of girls, women      do desemprego e da quantidade
and LGBTQI+ people, so that better        de famílias vivendo nas ruas, sem
futures are possible.                     condições de manter o pagamento
                                          dos aluguéis nas principais cidades
I give gratitude to all these beautiful   do país. Fome. Retrocesso nas
and strong people, and to all the         políticas de saúde pública que já
collectives, so powerful, for being my    foram referência mundial.
company, inspiration and learning
during this arduous period. n
Diante de tanto caos, as pessoas         prioridade? Como obter ajuda?
mais vulneráveis foram lançadas à        Como priorizar quem mais precisa
própria sorte, impedidas de estar        de ajuda? Onde encontrar inspiração
em casa protegidas do vírus, sem         para sobreviver à tanta falta de tudo?
um programa de saúde efetivo,            A resposta das mulheres jovens foi
sem auxílio financeiro emergencial       e será coletiva. A resposta está em
e sem informação adequada para           nossos vínculos, ainda que acessá-los
prevenção e tratamento da doença.        seja mais difícil agora.

A sensação de incapacidade,              Através do Global Resilience Fund,
impotência e desespero persistiram       nós pudemos acessar as respostas
por dias e noites. Além do drama         das companheiras camponesas
individual que cada uma de nós           na Bolívia, das jovens indígenas no
brasileiras sentimos por nossas          México, dos coletivos de mulheres
próprias vidas e de nossas pessoas       no Xingu, das mulheres islâmicas
queridas, fomos assoladas pela           em Barbados, das pessoas LGBTQI+
preocupação com nossa atuação            organizadas no Azerbaijão, das
política durante a pandemia, em          mulheres surdas no Quênia, das
um país governado por um regime          trabalhadoras sexuais na Índia, das
de extrema-direita, misógino,            jovens estudantes na Nigéria, das
homofóbico, racista e destruidor do      lésbicas na Geórgia, das queers na
planeta.                                 Palestina, das mães e cuidadoras em
                                         todo o mundo, e de tantas outras que,
Para nós, feministas, que tecemos        com uma criatividade extraordinária,
nossas redes de solidariedade pelo       estão desenvolvendo soluções para
afeto, entre aulas, reuniões, marchas,   que a vida e os direitos de meninas,
círculos e festas, as medidas de         mulheres e pessoas LGBTQI+ sejam
distanciamento físico a fim de conter    respeitados e que futuros melhores
a pandemia trouxeram ainda mais          sejam possíveis.
desafios para o nosso cotidiano de       A todas essas pessoas tão belas e
luta.                                    fortes, e a todas as coletivas, tão
                                         potentes, minha gratidão por serem
Perguntas angustiantes invadiam          companhia, inspiração e aprendizado
nossas mentes e mídias sociais a         durante este árduo período. n
cada momento. O que será possível
fazer neste ano? Qual deve ser nossa
(SPANISH - ESPAÑOL)                       Ante tanto caos, las personas más
                                          vulnerables se vieron obligadas a
Sobrevivir en el año 2020 fue             valerse por sí mismas, se les impidió
extremadamente difícil...                 estar en casa protegidas del virus,
                                          sin un programa de salud eficaz, sin
En Brasil, para muchas niñas, mujeres     asistencia financiera de emergencia
y LGBTQI+ o personas de género            y sin información adecuada para la
no conforme, con discapacidades           prevención y el tratamiento de la
o neuroatípicas, estar en casa con        enfermedad.
sus parejas y familiares fue una gran
amenaza. Para las mujeres negras,         La sensación de impotencia,
indígenas, quilombolas, migrantes,        d e s a m p a r o y d e s e s p e ra c i ó n
que viven en la calle o en situación      persistió durante días y noches.
de restricciones a la libertad, los       Además del drama individual que
desafíos de sobrevivir a diferentes       cada una de nosotras brasileñas
formas de violencia social, a menudo      sentimos por nuestra propia vida y
promovidas directamente por el            la de nuestros seres queridos, nos
Estado, se han visto agravados por        asedió la preocupación por nuestro
los riesgos de la pandemia.               desempeño político durante la
                                          pandemia, en un país gobernado
Soledad. Abandono. Dolor.                 por un régimen de extrema derecha,
Amazonas y Pantanal en llamas.            misógino, homofóbico, racista y
Incremento de casos de violencia          destructor del planeta.
intrafamiliar, violación y feminicidio.
Asesinato de líderes indígenas y          Para nosotras, las feministas, que
quilombolas. Noticias cada vez            tejemos nuestras redes de solidaridad
más recurrentes sobre niñes negres        a través del afecto, entre talleres,
asesinades por armas de la policía        encuentros, marchas, círculos y
en las comunidades. Aumento del           fiestas, las medidas de distancia
desempleo y del número de familias        física para contener la pandemia han
que viven en la calle, incapaces de       traído aún más desafíos a nuestra
mantener el pago del alquiler en          lucha diaria.
las principales ciudades del país.
Hambre. Retroceso en las políticas        Preguntas angustiosas invadieron
de salud pública que ya han sido un       nuestras mentes y redes sociales en
referente mundial.                        todo momento. ¿Qué se podrá hacer
LA RESPUESTA DE LAS MUJERES JÓVENES FUE Y SERÁ COLECTIVA.
LA RESPUESTA ESTÁ EN NUESTROS VÍNCULOS, AUNQUE AHORA ES
MÁS DIFÍCIL ACCEDER A ELLOS.
este año? ¿Cuál debería ser nuestra       todo el mundo, y tantas otras que,
prioridad? ¿Cómo conseguir ayuda?         con extraordinaria creatividad, están
¿Cómo priorizar quién necesita más        desarrollando soluciones para la vida
ayuda? ¿Dónde encontrar inspiración       y para que los derechos de las niñas,
para sobrevivir a la falta de todo?       las mujeres y las personas LGBTQI+
                                          sean respetados, y que sea posible
La respuesta de las mujeres jóvenes       un mejor futuro.
fue y será colectiva. La respuesta está
en nuestros vínculos, aunque ahora        A todas estas personas bellas y
es más difícil acceder a ellos.           fuertes, y a todos los colectivos, tan
                                          potentes, mi agradecimiento por ser
A través del Global Resilience Fund       compañía, inspiración y aprendizaje
pudimos acceder a las respuestas de       durante este arduo período. n
compañeras campesinas en Bolivia,
de jóvenes indígenas en México,           Ariane Cor is a social scientist,
de grupos de mujeres en Xingu,            technologist and black feminist
de mujeres islámicas en Barbados,         based in São Paulo, Brazil. She is a
de personas LGBTQI+ organizadas           co-founder of Minas Programam, an
en Azerbaiyán, de mujeres sordas          institute that has been improving
en Kenia, trabajadoras sexuales en        strategies to integrate more girls and
India, jóvenes estudiantes en Nigeria,    women into technology. Currently
lesbianas en Georgia, queers en           she is missing hugs and sunny days
Palestina, madres y cuidadoras de         at the beach with friends.
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