Elezioni Quasi 4 milioni di cittadini potranno decidere il destino della politica per gli italiani all'estero
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A M A I O R M Í D I A D A C O M U N I D A D E Í T A L O - B R A S I L E I R A www.comunitaitaliana.com.br Rio de Janeiro, março de 2006 Ano XIII – Nº 94 R$ 7,50 ISSN 1676-3220 Elezioni Quasi 4 milioni di cittadini potranno decidere il destino della politica per gli italiani all’estero Faustão: um caso ‘doido’ de paixão pela Itália
Março de 2006 4 Editorial Cofindústria. A vez do Brasil 5Cose Nostre Ernane D. Assumpção 8Lucchesi 6 Parliamone La responsabilità degli elettori 24Notizie 10 Entrevista Faustão: “Os italianos se surpreendem comigo”. “Foi o Falcão que me despertou essa paixão” 26Saúde 13, 18 e 22Opinione 14 Música Festival de Sanremo 50Sapori d’Italia Reprodução Com saudosismo, crítica e lindas cantoras, Sanremo continua sendo um grande festival da música à italiana 16 Uva Sul do país em festa Quase 900 mil pessoas consumiram cerca de 220 toneladas da fruta e empresários se empolgam com apoio do governo 20 Olimpíadas de Turim Chaves Organização impressiona Brasil quebra o gelo e faz história nas bem sucedidas olimpíadas de inverno 30 COPERTINA Voto degli italiani all’estero Proposte omogenee, mancanza di tempo e scarsità di soldi per la campagna elettorale. Candidati si sforzano affinché non fallisca il primo voto al Parlamento Editoria de arte Carnaval A folia brasileira e italiana Um canelloni que pode ser apreciado, sem pecados, no 44 verão, substitui a tradicional massa por mussarela 48 Moda Divulgação A tendência para o outono-inverno 2007 Desfile com romantismo e toques de rebeldia em Milão 49 Ernane D. Assumpção Arte Roma aos pés do célebre Modigliani
COSE NOSTRE Julio Vanni FUNDADO EM MARÇO DE 1994 “SISTEMA ITÁLIA” INVESTE NO BRASIL INSÔNIA S DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR: Pietro Domenico Petraglia (RJ23820JP) e Brasil e Itália já constituíram laços mais do que sólidos através da presença italiana Cofindústria. E ntre 27 e 31 de março o Instituto Italiano para o Comércio Exterior (ICE), a Confinsdustria e a Associação Bancária Italiana (ABI) organizam uma grande missão econômica nas capitais Belo Horizonte, São Paulo e Porto Ale- P esquisa com mil pessoas entre 25 e 65 anos aponta que um em cada três italianos tem problemas crescentes para dormir e as noites se transformam em um pesadelo para eles. O estudo DIRETOR: no país, dos craques brasileiros por lá, das gre. A delegação será guiada pelo ministro das Atividades Produtivas, Claudio revela que 34% dos italianos demoram mais de 20 minutos para A vez do Brasil Julio Cezar Vanni telenovelas, e de inúmeros fatos históricos, este é o momento das afinidades fraternas se con- Scajola, pelo seu vice, Adolfo Urso; pelo presidente da Confindustria e da FIAT, adormecer; 24% acordam continuamente durante a noite e têm VICE-DIRETOR EXECUTIVO: Luca Cordero di Montezemolo; pelo presidente da ABI, Maurizio Sella; e pelos dificuldades para voltar a dormir; enquanto que 75% dormem me- solidarem no desenvolvimento econômico. Pelo Adroaldo Garani dirigentes do ICE. Juntos estão cerca de 170 empreendedores italianos de di- nos de seis horas. Além disso, 12% dos italianos com menos de 39 menos são as expectativas em torno dos cinco PUBLICAÇÃO MENSAL E PRODUÇÃO: dias, entre 27 e 31 de março, de reuniões, debates, palestras e rodas de negócios que acontecerão entre versos setores. O objetivo é discutir sobre possibilidades de investimentos no anos podem ser classificados como insones crônicos, assim como Editora Comunità Ltda. empresários, dirigentes e governantes dos dois países. O “Fórum Empresarial Brasil-Itália” acontecerá nas Brasil. Serão ilustrados os incentivos oferecidos pelas instituições financeiras 17% das pessoas entre 40 e 54 anos, e até 22% dos que têm mais TIRAGEM: capitais de Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre. Da bota, virão o ministro das Atividades Produtivas, italianas e brasileiras para o desenvolvimento de empresas e de relações co- de 55. Para conciliar, o sono os italianos tentam de tudo: desde 30.000 exemplares Paulo Scajola, o seu vice, Adolfo Urso, o presidente da Confindustria, Luca di Montezemolo, o presidente merciais. As maiores entidades do empresariado local estarão presentes: FIE- tomar chás relaxantes (59%) e trocar intermitentemente de ca- do Instituto Italiano para o Comércio Exterior (ICE), Umberto Vattani, o presidente da Associação Bancária MG, em Belo Horizonte, a FIESP, em São Paulo e a FIERGS, em Porto Alegre. nais na TV (52%) a tomar soníferos (46%) e ler um livro (41%). ESTA EDIÇÃO FOI CONCLUÍDA EM: 16/03/2006 às 17:30h Italiana (ABI), Maurizio Sella. Serão acompanhados por cerca de 170 empresários que serão recebidos pe- lo presidente Luís Inácio Lula da Silva e pelos seus ministros, além dos prefeitos e governadores locais. DISTRIBUIÇÃO: Brasil e Itália A partida para uma nova era nas relações comerciais entre os dois países foi dada pelo presidente Lula, FÉRIAS I TOSCANA EM SÃO PAULO em outubro do ano passado, em Roma. Na ocasião, ele, acompanhado do ministro do Desenvolvimento, REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Rua Marquês de Caxias, 31 Centro – Niterói – RJ – Brasil Luiz Fernando Furlan, e do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, ilustrou os avanços da política econômica. Conseguiu convencer a platéia, de aproximadamente 350 O s italianos estão viajando mais. Os períodos de tempo são, po- rém, mais reduzidos quando estão O presidente da Toscana, Cláudio Martini, anunciou no início do mês a criação de uma Representa- investidores italianos, da solidez e das condições favoráveis de investimentos no país emergente. Na úl- CEP: 24030-050 em férias. Conforme pesquisa divul- ção em São Paulo daquela região Tel/Fax: (21) 2722-0181 / tima década, cresceram em 300% os investimentosos italianos no Brasil, mas a troca comercial ficou em apenas US$ 5 bilhões. “É pouco para um país que tem mais de 25 milhões de descendentes”, enfatizou gada pelo Istat, em relação a 2004, italiana para a América Latina. A (21) 2719-1468 Lula. “O mundo globalizado exige ousadia. Pequenas e médias empresas do no ano passado houve um aumento sede vai coordenar os programas E-MAIL: do número de viagens estimado em econômicos e sociais que o seu Brasil e da Itália podem abrir interessantes frentes de investimento, tendo como redacao@comunitaitaliana.com.br 107,94 milhões de viagens (9,1%). governo pretende desenvolver no fonte de inspiração a Emilia Romagna (região marcada pelas cooperativas)”, SUBEDIÇÃO acrescentou. Montezemolo, por sua vez, se impressionou com a capacidade Desse total, 84% envolviam férias continente, principalmente na for- Ansa Luciana Bezerra dos Santos do Governo em reduzir o risco-Brasil de 2.400 pontos, na época da eleição, e 14% trabalho. Um total de 83,4% mação e reciclagem da mão-de-obra jornalismo@comunitaitaliana.com.br das viagens de férias efetuadas tive- e assistência aos projetos de meno- para o atual patamar de 200. “Nossas empresas olham com interesse para as REDAÇÃO: parcerias público-privadas (PPPs). A inflação está sob controle e a política eco- ram como destino uma localidade da res abandonados. Durante encontro Giordano Iapalucci nômica e fiscal são severas”, afirmou Montezemolo. Itália e 16,6% um país estrangeiro. com o presidente Luiz Inácio Lula (repórter especial), Segundo o ICE, as atividades serão acompanhadas por ações pragmá- Nesse caso, 79% optaram como des- da Silva, em Brasília, Martini rea- O e Nayra Garofle tino a Europa, sendo a França o país Carnaval de Veneza já foi o maior do mundo. Alguns histo- firmou o seu propósito de colabo- ticas visando novos instrumentos de financiamento público e privado para REVISÃO / TRADUÇÃO pequenas e médias empresas; facilitação de operações de comércio exterior; preferido, vindo a seguir a Espanha, riadores acreditam que a tradição da festa nasceu nas orgias rar com o Brasil na transferência de Daniela Coppo adoção de uma via rápida para concessão de vistos de permanência para in- a Alemanha e a Grécia. realizadas durante o Império Romano. De qualquer forma, o car- tecnologia e modelo de cooperativa Elizabeth Thompson vestidores italianos no Brasil e investidores brasileiros na Itália; organização naval veneziano é um dos mais famosos do mundo por suas más- de trabalho para o desenvolvimento Pietro Petraglia caras e elegância. A origem da palavra carnaval é italiana. A pri- da pequena e média empresa lem- de seminários e workshops de trocas tecnológicas; viabilização de câmaras PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Alberto Carvalho binacionais de conciliação para a solução de controvérsias; entre outras. Editor FÉRIAS II meira edição da festa veneziana aconteceu em 1420, para cele- brando que a economia italiana E sse é um período particular na Itália. É quando percebemos a latinidade a flor da pele. Exagerações brar uma vitória militar. Os derrotados eram satirizados em uma está atualmente assentada nesses N CAPA as viagens a trabalho, a Alema- de todos os tipos marcam a disputa entre Prodi e Berlusconi. De um lado, respectivamente, um re- festa popular. O tema oficial do Carnaval deste ano foi a China. segmentos da produção. Editoria de arte conhecido professor, de um semblante pacato. De outro, um dos homens mais ricos do mundo, grande nha é o país mais freqüentado COLABORADORES: pelos italianos. A França, os Estados dirigente empresarial. O que muitos se perguntam é se um eficiente professor ou um ótimo vendedor é Franco Vicenzotti – Braz Maiolino – Lan – Pietro Polizzo – Venceslao o que serve para a Itália? Quem sair vitorioso terá que estar preparado para tomar decisões em situações Unidos e a China são outros destinos NU À VENDA MISSÃO ITALIANA Soligo – Marco Lucchesi – Domenico complexas e ter visões estratégicas, mas, sobretudo, elevar a auto-estima italiana. Sempre conhecida importantes de quem sai de casa pa- De Masi – Franco Urani – Giovanni Meo Zilio – Fernanda Maranesi – Giuseppe Fusco – Beatriz Rassele pela qualidade em tudo o que faz, a Itália parece não estar preparada para enfrentar a livre concorrên- cia da globalização. Euro, energia, produtos chineses são algumas das pedras no sapato dos italianos. ra trabalhar. Emilia Romagna, Lazio, Lombardia, Toscana e Veneto são as cinco regiões mais visitadas (47,8%) N o dia Internacional da Mulher, um supermercado veneziano fez uma promoção pra lá de inusitada para suas clientes. Ex- pôs nas gôndolas homens literalmente pelados, envoltos apenas A capital mineira de Belo Hori- zonte abriga, uma importante missão italiana composta de 150 O país deve se preparar para uma nova realidade, que talvez não terá mais o Ocidente no centro de CORRESPONDENTES: tudo. O desenvolvimento dos países asiáticos, em particular China e Índia, com mão de obra a custos por quem reside na Itália. O automó- com papeis celofane, códigos de barra e etiquetas com as seguin- empresários e industriais italianos Guilherme Aquino (Milão) baixíssimos e a introdução de novos conceitos de cultura e beleza, coloca as empresas em alerta. A vel é o meio de transporte mais utili- tes frases: “Colha seu próprio homem sem músculos” e “Homem que tentam uma joint venture com Ana Paula Torres (Roma) zado (64,4%), seguido do transporte de primeira qualidade” foram coladas no corpo dos modelos. Os empresas mineiras. questão é: buscar a competição com países que sempre tiveram produções em alta escala ou investir Comunità Italiana está aberto às em tecnologia e formação para continuar valorizando o made in Italy? O mundo perderia, caso a Itália aéreo (13,6%) e trem (10,8%). modelos por sua vez, fingiam ser produtos à venda na loja. contribuições e pesquisas de estudiosos não continuasse a desenvolver seus sabores, sua arte, seus produtos com toques humanísticos. Por isso brasileiros, italianos e estrangeiros. mesmo, qualquer dos candidatos que obtenha vitória, terá que dar maior atenção à escola. Valorizar as LUCRO RECORDE Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, sendo pesquisas, criar atividades sempre mais sofisticadas, investir no artesanal, elevar o nível de instrução e AGÊNCIA CONSULAR ERUPÇÃO DO VESÚVIO assim, não refletem, necessariamente, as opiniões e conceitos da Revista. La rivista Comunità Italiana è aperta ai conhecer as tradições de outros países. Os dados de pesquisas recentes e a história dos últimos doze anos da democracia italiana apontam a esquerda como favorita. Desde 1994, a alternância entre es- querda e direita parece ser fisiológica, cabendo a vez, nessa ótica, ao grupo prodiano. A cidade mineira de Poços de Cal- das ganhou a agência consular. U m estudo conjunto de cientistas americanos e italianos alerta que a próxima erupção do vulcão Vesúvio, na Itália, O grupo segurador italiano Gene- rali obteve em 2005 um lucro líquido de 1,9 bilhão de euros, o que contributi e alle ricerche di studiosi ed esperti brasiliani, italiani e estranieri. I collaboratori esprimono, nella massima J á as eleições para os italianos no exterior têm como principal desafio a participação através do vo- to por correspondência. A escassez de tempo e a falta de campanha institucional são as principais A nova sede teve o aval do cônsul de Belo Horizonte, Gabrielle Annis, pode ser muito pior do que as autoridades italianas estão es- perando. Atualmente, o país tem planos para a evacuação de representa um aumento de 15% em relação ao ano anterior. Trata-se de EDITORIAL libertà, personali opinioni che non queixas dos candidatos, que precisam enviar, numa área como a América Latina, quase 900 mil cor- estimulado pelo pe. Graziano Cirina, 600 mil pessoas da cidade de Nápoles, vizinha ao vulcão. Com um lucro recorde, o que levou a segu- riflettono necessariamente il pensiero respondências para tentar convencer os eleitores. Acompanhe nesta edição ampla reportagem sobre o que vive há 12 anos na estância hi- base na nova pesquisa, os cientistas dizem que até 3 milhões radora a planejar distribuir entre os della direzione. assunto. dro-mineral. Caravanas chegaram de de pessoas estariam em risco. O Vesúvio é mais conhecido por acionistas um dividendo de 0,54 euro ISSN 1676-3220 diversos pontos do sul de Minas para sua erupção no ano 79 d.C., quando as lavas encobriram a ci- por ação, frente ao 0,43 euro que dis- Boa leitura! Filiato all’Associazione prestigiar a inauguração. dade de Pompéia. tribuiu no ano anterior (+0,26%). Stampa Italiana in Brasile Entretenimento com cultura e informação 4 COMUNITÀ ITALIANA / MARÇO 2006 MARÇO 2006 / COMUNITÀ ITALIANA 5
PARLIAMONE con l’Avvocato Giuseppe Fusco ufficiolegale@terra.com.br AL DI LÁ DEI CANDIDATI, UNA SCELTA DI CAMPO L a campagna elettorale per eleggere i Deputati e i Senatori al Parla- mento italiano è in corso. Fra poche settimane dovremo scegliere le persone che ci rappresen- Al di là delle discussioni interne e della giusta concorrenza causata dal sistema proporzionale, le due coalizioni si presentano con progetti politici, culturali, filosofici e amministrativi opposti. teranno, e questo, si sa, è importante. Tuttavia, non è determinante per Per esempio, le relazioni tra cittadino e Stato (in generale, tra citta- il futuro del nostro Paese. dino e amministrazione pubblica centrale e periferica): Mi spiego meglio: ogni candidato è presentabile, vanta benemeren- * La coalizione di centro destra dice che vuole ridurre sempre di più la ze, qualità, stoffa, spessore culturale, disposizione, vocazione al servi- ingombrante presenza dello Stato e delle sue burocrazie per permettere più zio, intelligenza e competenza. libertà personale, sociale e economica in una visione liberal-democratica. Il Partito che lo presenta garantisce che è una persona onesta, de- Insomma, Stato al minimo, agile, poco costoso e efficiente. gna, piena di volontà e di buone intenzioni: insomma, possiede tutti i Essi dicono: lo Stato per il cittadino. requisiti necessari per svolgere un buon lavoro tecnico e político. * La coalizione di centro sinistra dice che vuole la riorganizzazione Tutto questo è buono, ma non sufficiente, perché il candidato fa dello Stato in modo tale che sia sempre più presente nella società sta- parte di un Partito che a sua volta partecipa ad una coalizione che ha bilendone indirizzo e destino. precisi presupposti e principi polítici ed ideologici che interessano la Lo Stato, amministrazione pubblica, che tutto regola e tutto con- maniera di intendere la persona, la società, la religione, lo Stato e il cede. modo di organizzarlo. Essi dicono: il cittadino per lo Stato. Chi vince le elezioni non è il Candidato soltanto, ma anche e soprat- Ambedue visioni legittime e a noi la libertà di scegliere una o tutto la Coalizione politica di appartenenza, Pertanto la scelta è soprat- l`altra. tutto una scelta di campo. Tutto il resto viene, come si dice, a cascata. na estante cartas O Carnaval — Cores e Movimen- TRADIÇÕES to, de Lorenzo Mattotti, reúne Sugiro uma matéria sobre as tradições italianas enfocando trajetória 40 ilustrações coloridas e 50 em das famílias e seus brasões. Meus bisavós, por exemplo, têm uma his- preto e branco assinadas pelo tória bem interessante. desenhista, além de textos de au- toria de renomados especialistas, CARLOS ALBERTO TAVOLARO cada um abordando um tema sobre por e-mail a história, tradições e elementos do carnaval. Editora Casa 21. 120 DESRESPEITO págs. R$ 95 Na intenção de obter a cidadania italiana, minha filha decidiu estudar italiano na Itália. Se matriculou numa escola e procurou a Polícia Fede- ral. Para sua surpresa, uma funcionária garantiu que ela seria expulsa imediatamente do país porque seu visto de permanência havia esgota- do. O prazo máximo é de oito dias e ela já estava há dez no país. Ame- Como dizer tudo em italiano, de Ron açada minha filha teve cinco dias para sair da Itália mesmo com toda Martinez e Patricia Peterle é dividido em documentação em dia para a obtenção da cidadania. Além disso, está várias seções: Italiano Geral, Comercial, impedida de retornar ao país nos próximos 10 anos. Pretendia visitar a para Palestras e Reuniões, para Turismo Itália, mas depois desse incidente, vou rever meus projetos. e etc. Dentro delas o leitor achará cen- tenas de expressões de uso cotidiano e JORGE PICCOLOTTO de usos mais específicos da língua. por e-mail Editora Campus. 256 págs, R$ 53 PRAZER A revista é graficamente bela, com muita informação e com ótimos artigos, como o “La traversata in barca Icaraí-Santa Rosa” de Marco Lucchesi. É muito comovente, nos fala de Niterói, de um caminho que NOTA DA REDAÇÃO: muitas vezes percorri, de seus sonhos de criança e dos Salesianos. Co- mo se não bastasse tudo isso, ainda vem com “Mosaico” trazendo-nos Esclarecemos que a publicidade da “Lista Forza Italia — Aldo Chia- poesia. É bom demais! nello e Diego Tomassini”, publicada na edição 93, foi veiculada em página especial não caracterizando apoio por parte desta publicação SONIA SALES ou do Consulado Geral da Itália do Rio de Janeiro, que anunciou na por e-mail mesma ocasião. Esta Nota da Redação é veiculada para que não haja má interpretação. Destaca-se a impressão — no canto superior direito Participe da Comunità Caros leitores, aguardamos suas sugestões, comentários e críticas sobre os tex- da peça publicitária — da menção “Inserção Publicitária”. tos publicados. 6 COMUNITÀ ITALIANA / MARÇO 2006
Marco Lucchesi - Articolo La Memoria Ellittica di Günter Grass Ulla Montan T re libri di Günter Grass hanno raggiun- — una purificazione del nazional-socialismo e vero. Autofagia. Fagocitose. E troppi conti da to in Brasile una discreta diffusione: Die tantomeno si trasformava “ in un inno alla bon- fare. O da aggiustare... Blechtrommel, Die Rättin e Ein weites tà, alla verità, alla bellezza, seguendo il canone Dopo Weites Feld, si è tradotto in Brasile La Feld. Come se ognuno dei quali presen- del neoclassicismo tedesco.” Grass aveva scelto Ratta. Capovolta la sua cronologia, non si tro- Publi Design tasse una sola narrativa di lungo fraseggio, sin- il grottesco, in cui la vita del personaggio, Oskar va in quel romanzo niente che lo ravvicini agli tassi complessiva, pronomi diversi che destano Matzerath, corrispondeva alla degradazione mo- strani colori di un Trakl (“Die Ratten”) o al pro- plurimi sentimenti e interpretazioni nei riguardi rale e politica iniziatasi prima della fine della satore brasiliano Dionélio Machado (Os ratos). feuerbachiani del mondo. Quasi una scritta mu- Repubblica di Weimar — come hanno dimostra- Contempliamo una sconvolgente naturalità. Co- sicale, una fuga, un concerto elittico, in cui il to Broch e Canetti, Döblin e Mann. Un libro sco- me quella di una fiaba post-apocalittica, quando tutto e le parti creano un disegno mobile, com- modo. Un ritratto spietato del secolo XX, della non ci sarà un sol uomo sulla terra, in cui gli plesso e avvincente — dove la ragione politica Germania quale metafora epistemologica di quel uomini saranno “soltanto sognati dai topi, sola agisce sulla trama della storia. Ma quel che pare secolo troppo breve. Ma letterariamente fedele realtà, spesso reinventata” sorprendente riposa nell’indipendenza del pen- a se stesso, come a se stesso lo furono Rabelais La metafora non conosce dei limiti ben pre- siero di Grass (come quella di Heinrich Böll) e e Hermann Broch — con quel suo notevole Die cisi. Tutte le germanie dei suoi romanzi oltre- che sottolinea la qualità di quelle stesse opere, Schuldlosen — Grass si mantenne aperto a quel- passano le loro frontiere, e si confondono con il libere di strani compromessi e parziali dialetti- lo straordinario fiuto poetico. Lo diceva Canetti: mondo stesso. Ne La Ratta assistiamo ad un’epi- che. A lui non mancò (come neppure oggi — col lo scrittore è il cane del suo tempo. Veglia. Sor- ca morta dell’Umanità, tedesca e oltre che, mos- Gambero) quell’ethos ampio e totale, quel sen- veglia. Annusa. sa da guerre cruenti e suicide, risorge appena so trasversale al concetto di letterarietà (o di Quarant’anni dopo, risorge la Germania co- nella memoria dei ratti, aldilà di tutte le rovine. literaturnost), che suona per molti critici come me un Weites Feld, con i suoi Hofftaler e Fon- Lo spiraglio di un nuovo umanesimo trova nei qualcosa di strano e incompatibile — ripren- ty — in una vera memoria ellittica o di spirale topi il suo fermo bastione! Ma quel che ci pre- dendo quasi l’antica e falsa tensione tra poesia vichiana — movendo dalla Guerra Franco Prus- senta Grass non è il canto del cigno dell’umanità e non poesia. Grass non fa politica adoperan- siana ai nostri giorni. Contrario all’unificazione e neppure la forza di un destino ferreo. Non la do le sue pagine d´arte. Come pure non lo immediata - sprovvista di un orizzonte etico in- fine di un brave new world, ma il cospetto della fa Dante — con Bonifacio VIII, Manzoni clusivo e maggiore — Grass cercava di salvare barbarie contemporanea e forse quel possibile con Don Cristoforo, Stendhal con Bonapar- la parte orientale — l’ex-DDR — dalla sfrena- anno zero. Dopo quella stessa cultura di morte te. Si tratta invece di una politica inse- ta ambizione occidentale. Preferiva un pro- e oppressione. E in ciò coincide con la cecità, di rita nel campo della poetica. Direi quasi cesso lento e graduale. Una confederazione. Saramago, e con l’apocalissi, di Guido Morselli. una poletica. Il rischio letterario — per E quel che allora sembrava l’eresia democra- La fine avvertita. E more poetico demonstrata, dirla come Blanchot — ricrea un oriz- tica di uno scrittore, un pensiero dissonan- con un misto di speranza e crudeltà. zonte pluricausale, e proprio per questo te e biasimevole, si è purtroppo dimostrato scema la sua densità letteraria speci- fica. E questa prospettiva si palesa sin dalle prime pagine dell’opera Die Blechtrommel, uscito nell’immediato dopoguerra. Il romanzo non offri- va — come lo ricorda Reiner Kunze 8 COMUNITÀ ITALIANA / MARÇO 2006
Entrevista Não é oriundi... imagine se fosse! André Felipe Lima* N ão é difícil bater um papo com o apresentador Fausto Silva, o Faustão. E olha que foi preciso interromper a conversa em seu camarim, no Projac, para que ele pudesse, enfim, descansar de uma extenuante gravação do programa, que foi ao ar no domingo de Carnaval. Pausa? Nada disso. “Você não vai me perguntar nada sobre a Itália?”, inquiriu ele. Afinal, quando o assunto é “cultura italiana”, Faustão tagarela como nunca. Ele mesmo afirma não entender direito porque ama tanto a Bota. Em uma bem-humorada entrevista à Comunità, o apresentador falou sobre a transição da carreira de jornalista para a de apresentador de TV. E se justificou por ser avesso a entrevistas. Faustão começou a carreira aos 14 anos, na Rádio Centenário de Araras, do interior paulista. O saudoso radialista Blota Júnior é quem o descobriu. Foi repórter durante 20 anos do jornal O Estado de S.Paulo. Trabalhou na rádio Excelsior, onde despontou como um inovador apresentador de auditório ao comandar o revolucionário programa “Balancê”, na década de 1970, transmitido ao vivo do Teatro Piolim. Do jornalismo, extraiu a versatilidade e conhecimento que, garante ele, foram decisivos para compor o “Fausto Silva da TV”, que surgiu em 1982, no programa “Perdidos na noite”, que varava as madrugadas da TV Bandeirantes. Uma experiência que mantém há 17 anos ininterruptos o programa Domingão, da TV Globo. No final da entrevista, perguntei se iria ao show dos Rolling Stones, que aconteceu na noite daquele sábado em que conversamos no Projac: “Rolling Stones?! Que nada... vou mesmo ao Rolling sono”. Finalmente terminamos o bate-papo porque, no dia seguinte, o programa seria transmitido ao vivo. Comunità — Por que você concede poucas conteúdo. Você tem de fazer o lide [as pergun- por brincadeira mesmo. Gostava de rádio e o meu o dia em que todo o mundo está vendo televisão C.I. — A que você atribui esse preconceito? entrevistas? tas “o quê?”, “quando?”, “quem?”, “onde?”, pai tinha amizade com o Blota Júnior [um dos junto. Durante a semana tem horário específico Faustão — Preconceitos de todos os tipos. A Faustão — Se eu abrir exceção terei de fazer “como?” e “por quê?” feitas por jornalistas pa- mais conhecidos radialistas de São Paulo, morto para criança, para jovem, para o esporte, para vida, na verdade, é um grande jogo. Ou se entra trezentas entrevistas por dia. E não é porque ra uma reportagem], fazer a observação pessoal, em 22 de dezembro de 1999]. Através dele come- novela, para o jornalismo... domingo, não. em campo e toma pontapé, perde e ganha, ou Fotos: Ernane D. Assumpção sou importante, ou porque sou de televisão, todas essas coisas. O rádio tem aquele imediatis- cei a trabalhar no rádio de 1964 até 1970. C.I. — Muitos criticam os repórteres que co- fica na arquibancada. Você se expõe. O espor- não. Trabalhei em jornal, no Estadão [O Estado mo, agilidade, que são insuperáveis e, principal- C.I. — O que você apresentava naquela oca- brem futebol, mas muitos deles foram bem te [a cobertura jornalística] te dá versatilidade. de S.Paulo], há mais de 20 anos e essa área de mente, porque se trabalha em condição adversa. sião? sucedidos... Tanto que um cara sai do esporte e vai para a televisão é terrível. É por que não tem assunto. Trabalhei em reportagem geral, cobertura de in- Faustão — Tudo o que você possa imaginar. Nessa área de quem faz [jornalista que cobre bas- cêndio, polícia, política, chá da primeira dama. O rádio no interior é bom porque você fala um monte de besteira e numa rádio grande, falamos tidores da TV] televisão só se verifica merda. Aí, não tem assunto. Tudo isso, mais programas de rádio, de música, de jornalismo, cobertura de carnaval, sexta-feira menos. Em rádio no interior tem de fazer a “ho- ‘A vida, na verdade, é um grande jogo. Ou se C.I. — O professor de linguagem verbal Rei- naldo Polito lançou um livro no seu antigo santa, desfile de sete setembro... o rádio te obri- ga a ficar muito tempo a enrolar, no bom senti- Faustão — Quatorze anos, na verdade, em 1964. Gozado... eu curtia muito rádio e futebol. Quan- ra da Ave Maria”, programa sertanejo, programa policial, entrevista, noite de autógrafos, que é entra em campo e toma pontapé, perde e programa [Perdidos na Noite, da TV Bandei- rantes na década de 1980] e disse que a pri- do. Tudo isso me ajudou na TV. Agora, não procu- rei, de forma obcecada, obstinada ou neurótica, do fui para Campinas foi para jogar bola no Gua- rani, com o Cilinho. outro apogeu da merda [sic] também. Você co- bre carnaval... essa fauna toda acaba ajudando ganha, ou fica na arquibancada’ meira edição esgotou em menos de uma se- essa coisa de sucesso na televisão. Como dizem: C.I. — O Cilinho, que foi técnico do São Paulo para que se tenha versatilidade. O fato de ter mana após a entrevista contigo. Qual a recei- “Nada acontece por acaso”, porque já tinha vinte na década de 1980? uma cultura bastante diversificada, de trabalhar ta para um apresentador exercer essa influên- e poucos anos de jornalismo. Eu ia comprar uma Faustão — Isso mesmo. Ele estava começando a com texto, na cobertura do Papa, incêndios do Faustão — Você pega Joelmir Beting, Arman- editoria de política, local, cultura e se dá bem. cia no público e manter um programa há 17 rádio no interior de São Paulo, aí recebi a pro- carreira de técnico, em 1963 ou 64. Naquele tem- Joelma e do Andraus [O primeiro, em 1974, o do Nogueira [profissionais que iniciaram a car- Agora, o inverso não acontece. Nós estamos no anos, como é o caso do “Domingão”? posta para fazer o Bom Dia São Paulo. po se quisesse ser modelo, jogador de futebol, segundo, em 1972], cobertura de seleção brasi- reira no jornalismo esportivo]... você tem toda país dos preconceitos. Se há um país com a Faustão — O fato de eu ter trabalhado muito C.I. — Qual era a rádio? cantor — puta, meu! —, a família era contra. leira, Copa do Mundo... tudo me ajuda na impro- a razão. Há um preconceito porque dizem que o maior hipocrisia, é aqui. Onde fala que “não há tempo em rádio e em jornal me ajudou muito Faustão — De Campinas, Araras e Batatais, a Tinha que estudar e o cacete. Hoje, é o contrário. visação. Uma boa dose de informação para fazer “pessoal que sai do esporte é alienado”. Isso não racismo”, se fala que “existe uma igualdade”. quando fui para a televisão. Trabalhei mais em Rádio Clube Ararense. Se o cara quiser estudar na faculdade, não. Entra [o trabalho na TV] com emoção. O programa de é verdade. Há vários exemplos de gente que saiu Existe porra nenhuma! É o país do “faz-de-con- TV do que em jornal. Trabalhei no Bom Dia São C.I. — Você começou a carreira aos 15 anos lá no Big Brother, vai ser modelo... mudou com- domingo tem de ser feito para todas as classes, do esporte [do jornalismo esportivo] e se deu ta”. Se esquece um pouco disso no carnaval. Se Paulo [TV Globo], TV Record... o jornal te dá o mesmo? Quem te descobriu, afinal? pletamente. Aí, acabei indo trabalhar em rádio todas as idades, no pior dia da semana porque é bem em outras atividades. o brasileiro tivesse um por cento da seriedade, 10 COMUNITÀ ITALIANA / MARÇO 2006 MARÇO 2006 / COMUNITÀ ITALIANA 11
Política Opinione da união, do espírito de patriotismo que tem to profundo sobre essa questão. Não vivo lá para te in inglese, ha fatto finta di canticchiare una na Copa do Mundo e tivesse esse um por cento valer. Então, qualquer coisa que eu fale posso canzone che non conosceva, e se n’è andato in no resto, a gente não estaria na situação em estar falando besteira e prefiro não opinar. Ago- gran fretta come se il teatro stesse prendendo que estamos. Veja o problema da educação. Só ra, país que tem Roberto Benigni, Vitório Sgarbi fuoco. I giornali dicono che abbia preso (gua- sairemos disso se haver educação decente. Is- e Renzo Arbore; toda a parte da televisão e cul- dagnato sarebbe una parola impropria) un ca- so, não tem. tura italianas; Domenico de Masi... tem o jor- chet di 400.000 euro. Si capiva chiaramente, C.I. — Todo o repórter de futebol tem as his- nalista Gerardo Landulfo, que é da editora Pol- dall’espressione tesa del viso, che il Travolta, tórias mais inusitadas possíveis... vani... assino todas as revistas que se referem mentre scappava, teneva mentalmente stretto Faustão — Tenho várias. De futebol tem uma à Itália. Acho que nunca vi um caso doido de il suo malloppo e era molto ansioso di investir- porrada de jogadores que dizia: “Ah, estou ho- paixão pela Itália como o meu. lo in borsa. Una impresa seria farebbe causa al je realizando um sonho, vou jogar na cidade C.I. — Participa da comunidade italiana no Travolta e/o licenzierebbe il direttore della pro- aonde Jesus nasceu: Belém do Pará”. Porra! [ri- Brasil? duzione, ma per la RAI 400.000 euro non fanno sos] Não lembro quem falou isso, mas tenho Faustão — Em nada. Tenho só ligação afetiva e differenza. Fabrizio del Noce, il direttore, affer- Reprodução um conteúdo desse tipo dito por um repórter. admiração pela fibra de histórias do povo italia- ma: gli spettatori vogliono lo show, noi glielo Fomos cobrir um jogo em Jaú e um repórter no, que veio no navio. Embora não tenha nada diamo per avere alti indici di ascolto perché so- estava num churrasco e tomou um limão [cai- de italiano é cada vez maior meu envolvimento no essi che ci permettono gli investimenti. Co- pirinha]. Dormiu, e dormiu atrás do gol. E aí, com a Itália. me l’ingaggio di Travolta. durante o jogo, saiu um puta de um quebra-pau C.I. — O italiano promoveu uma das maiores Penso alla nostra sinistra disubbidiente, in do lado dele e ele estava lá, roncando. Acho diásporas nos últimos 200 anos por todo o servizio permanente effettivo. Perché invece di Sanremo nuoce al buonumore que era o Jaedson. Aí o cara [locutor] falou: mundo. Só no Brasil são mais de 25 milhões inseguire certe cause idiote non “disubbidisce” “O que houve aí, Jaedson?”. Ele disse assim: de oriundi... per una causa giusta: non pagare il canone che “Ouve a rádio educadora de Campinas”. Daí, ele Faustão — É, através da gastronomia, arte, cul- la RAI esige, a termini di legge, per propinare ai acordou [risos]. C.I. — Estamos falando de sua carreira, mas ‘Se há um país com tura, música e esporte. Volto à Itália, no final de abril. Devo ficar uns 15 dias, mas já fiquei um Povia ha trovato la formula giusta per penetrare nei cuori semplici degli italiani suoi utenti un prodotto cosí scadente? Quanto al festival della canzone, ritengo non debba diven- a revista é para a comunidade italiana. Aliás, você viajou recentemente à Itália? a maior hipocrisia, é mês e meio. Vou geralmente para assuntos que as pessoas nem imaginam, sejam eles de moda, Ezio Maranesi tare uno show, nel quale le canzoni sembrano essere un pretesto fastidioso e trascurabile. È il aqui. Onde fala que P Faustão — Não sou oriundi, mas esse meu artesanal, cerâmica e etc.. A Itália é um museu festival della canzone; la canzone è protagoni- amor pela Itália descobri através de amigos a céu aberto. É o museu do design, do Armani. untuale come la morte, anche nel 2006, quando rendono fortune ai loro autori e inter- sta e il contorno sia correttamente presente ma italianos aqui, no Brasil, e, principalmente, do Paulo Roberto Falcão. Fiz amizade com o Fal- não há racismo, se Vou à Fucecchio, onde tem uma fábrica de sa- patos e onde fiz amizade com um tal de Bruno sul finire dell’inverno, é arrivato il Festi- val di Sanremo. Un tempo non esistevano preti. Delle altre, quelle che non rendono, maga- ri molto belle, non si parlerà mai più. leggero, affinché il susseguirsi delle canzoni non diventi simile alla lettura dell’elenco telefonico, cão quando ele surgiu na Taça São Paulo [de 1972, jogando pelo Internacional de Porto Ale- fala que existe uma da Reriz e então fico sabendo de todas as novi- dades da área. Vou à Montecatini, um lugar de i vaccini oggi disponibili, quindi si pote- va star certi che il morbillo e la parotite sareb- Mi interessa Sanremo come fatto di costume. È uno show televisivo come tanti altri ma in più o meglio, con la nuova vena animalista, una vi- sita accademica al giardino zoologico. I meno gre] e, por interesse comum, tanto meu quanto do Falcão, por moda, levei ele à várias confec- igualdade (...) é o país turismo mais procurado pelos italianos. Vou lá há mais de 15 anos. Quando vou para Valencia bero arrivati, e quando arrivavano eravamo a po- sto, tranquilli; era come aver pagato un debito e ha preparazione, impatto e risonanza unici nel mondo italiano dello spettacolo. Probabilmente giovani ricorderanno i festival degli anni ’50 e ’60: per favore, ridateci Nilla Pizzi! ções de amigos que tenho em São Paulo. Aí, nasceu uma amizade e — quando o Falcão já do faz-de-conta’ Pò, a cidade onde tem mais de 150 ourivesarias. Visito tudo por lá: às vezes saio de Roma e vou ci si sentiva sollevati. L’incubo era passato. Ora anche la dimensione del costo è unica. si aspetta Sanremo, sappiamo che deve arrivare, Grandi quindi sono le aspettative, ine- estava em Roma — fiquei uns quatro dias e fui a Bari, que é uma cidade fascinante e o dialeto lo temiamo. Poi Sanremo arriva, lo guardiamo, ci sauribili i commenti e severe le criti- à casa dele em Balduina, na via Alfredo Prusco, barese é muito legal. As regiões que não conhe- annoiamo, scoliamo fino in fondo il calice ama- che. E infatti se ne è parlato molto; in cento e sete. Ele morava num condomínio aon- falar italiano e gostar da Itália como eu acho ço são Basilicata, Calábria e Sicília. O resto, já ro, ma poi ci sentiamo meglio, con il piacere toni tiepidi le persone in qualche mo- de também morava o Giuliano Gemma. Foi ele que poucos italianos gostam do país e o admi- fui a tudo. del dovere compiuto. E come la parotite, che si do coinvolte o politicamente corrette, quem começou a me mostrar o lado de moda. ram tanto quanto eu. C.I. — Você disse há pouco que a Itália preci- dice nuoccia alla virilità, Sanremo nuoce al buo- in toni aciduli le altre. Il verdetto più Nem ele sabe disso. Depois, não tive chance C.I. — Qual o seu clube de coração na Itália? sava reconhecer mais a força que tem... numore, ci rende tristi quasi come un carnevale severo: l’auditel, giudizio universale de contar. Estamos sempre juntos, aqui, mas Faustão — Gozado, não tenho. Curto o Milan, a Faustão — O problema da Itália está em olhar paulistano. Ma ormai Sanremo fa parte di noi, dell’era cibernetica. Panariello, ahimé um dia falei a ele que foi essa influência dele Roma... acompanho tudo pela televisão. para si mesma. Eles têm tanto orgulho de si come il compleanno, come la Quaresima, come per lui, ha avuto meno spettatori che que fez com que eu me aprofundasse nas coi- C.I. — Na sua árvore genealógica não há mes- mesmos, mas falta foco. O italiano, às vezes, la pioggia di marzo, e ci sentiremmo orfani se Bonolis, la Ventura, ecc. Sarà messo sas da Itália. Fiz amizade com italianos que vi- mo nenhum parente italiano? complica coisas simples. É o povo mais criativo ci fosse repentinamente sottratto. Così, siamo al rogo. Ma non voglio ripetere cose vem aqui, como Geraldi Andriello, que é hoje o Faustão — Nada, nada. Tudo origem portugue- do mundo, mais simpático. A humanidade vai re- quasi felici quando, anno dopo anno, Sanremo già dette da altri. Vorrei piuttosto co- principal industrial da área de tecido e moda, é sa. Minha esposa [Luciana Cardoso] tem cidada- conhecer um dia toda contribuição dessa comu- colpisce ancora. Sono ormai 56 i colpi sparati, e gliere alcuni flash, per trarre poi alcune dono da Fidelli, tem cinco fábricas em São Pau- nia italiana pelo lado da mãe e portuguesa, pelo nidade italiana em cada país, seja fazendo café, siamo ancora vivi. bonarie conclusioni sui valori che ispi- lo, e veio para cá em porão de navio; o velho pai. Ela não tem a cidadania italiana, mas sim não só na pasta, na pizza, no carpaccio, mas na Sulle canzoni dell’edizione 56 c’é poco da rano oggi il nostro cammino. Per esem- alfaiate Raffaele Minelli, que foi um marco na a portuguesa. movelaria, marcenaria, design... dire. Come sempre, alcune sono buone, altre pio, facevano parte del circo quattro história da elegância em São Paulo; Giovanni C.I. — Já que é um amante da Itália, não C.I. — Os brasileiros herdaram um pouco dis- meno, altre da gettare. Ma va riconosciuto lo corazzieri femmine, tanto imponenti Bruno, Giancarlo Bola, Massimo Ferrari, Lucia- pensa em obter a cidadania por parte da sua so tudo que você mencionou? sforzo, a mio parere riuscito, di fuggire dalla quanto imbranate. Hanno cercato di no Polarini e os irmãos Neroni [todos do ramo esposa? Faustão — Ah, sem dúvida. Sou apaixonado banalitá. È un fatto positivo. Addirittura, la farle parlare ma non c’è stato verso. gastronômico]. Vou pelo menos duas vezes por Faustão — Isso não me frustra. Sou muito bem pela Itália. Para você ter uma idéia, curto toda canzone vincente è una geniale mescolanza tra Meglio cosí. Il sito del Corriere della ano à Itália. Tudo que você possa imaginar, eu tratado por lá [na Itália]. A única crítica que a programação da televisão italiana, mesmo l’idiozia, la furbizia e la sottigliezza metafisica. Sera, riproducendo foto apparse su un conheço, quer dizer, só não conheço a Sicília. faço está na questão da educação familiar italia- sendo uma programação mais antiga, mais L’autore Povia si era già presentato l’anno scorso settimanale femminile, ce le ha mo- Historicamente eu já tinha ligação com a Itá- na, que é complicada para eles próprios e acaba lenta. Nada a ver com a brasileira. De algumas con la canzone “Quando i bambini fanno oh... “. strate con pochissimi veli, in qualche lia. Conheço mais de 50 cidades, já fui mais de prejudicando. Eles exigem que os filhos morem coisas eu gosto da RAI. Sei tudo o que acontece Era fuori concorso, altrimenti avrebbe vinto. E i caso senza velo alcuno. Si capiva chia- 40 vezes lá. Tenho um envolvimento total com perto deles. na vida artística italiana. Te juro, não sei nem bambini hanno fatto oh... l’anno intero, mentre ramente che, in quella veste (per modo aquele país a tal ponto que os meus cachor- C.I. — O último censo italiano apontou índices explicar essa paixão pela Itália. E eu não bebo, gli adulti facevano “oh... santo cielo, ancora...“. di dire), erano più a loro agio, ed è un ros são italianos, da raça “cane corso”. Fui eu absurdos de analfabetismo, abaixo até de paí- nunca bebi na vida nem cerveja, vinho... nada. Quest’anno, esauriti i bambini, ci ha provato col peccato che abbiano voluto vestirle, quem trouxe a raça para o Brasil. Tenho amigos ses menos desenvolvidos economicamente... É curioso. Nem eu sei explicar porque não bebo. tubare dei piccioni, che fanno prrr... E ha vinto. anche se si trattava di abiti di griffe. na Itália: Eros Ramazzotti, Tiziano Ferro, Nico Faustão — O que me frustra, às vezes, é que, na Trabalhei em jornal, rádio... lugares em que todo Ha trovato la formula giusta per penetrare nei Ci sono stati poi gli ospiti e, su questo Fidenco, Laura Pausini, Pepino di Capri. Quan- verdade, a Itália não percebeu a força que tem. o mundo bebe e fuma, mas eu nunca bebi. Meu cuori semplici e nell’intelletto discutibile degli punto, pungenti sono state le critiche. do eles vêm aqui, se surpreendem com o meu Era para estar numa situação melhor do que está. pai incentivou os filhos a beberem, mas eu não italiani che l’hanno votato. Aspettiamoci che, Ma voglio dire anch’io la mia sull’ospite conhecimento sobre a Itália. Já cheguei para C.I. — Se pudesse votar na Itália, votaria em consegui. Somos seis irmãos, cinco irmãs e eu. per il prossimo Sanremo, Povia e i suoi imita- John Travolta. o Pepino di Capri e conversamos, brincando, quem? Sou o mais velho. A única droga em que mexo tori ci delizieranno con pigolii, muggiti, barriti, Questo signore, si fa per dire, è no dialeto napolitano. Os próprios italianos se Faustão — Não falaria da vida interna da políti- é o meu programa [risos]. (colaborou Luciana ruggiti, belati, ecc. Ma le canzoni mi interessa- stato in scena una decina di minuti, surpreendem comigo por eu não ser oriundi e ca da Itália. Até porque não tenho conhecimen- Bezerra dos Santos). no poco; sono giochini che si vestono di serietà ha detto circa dieci parole, ovviamen- 12 COMUNITÀ ITALIANA / MARÇO 2006 MARÇO 2006 / COMUNITÀ ITALIANA 13
Musica UOMINI – VINCITORE POVIA “…solo con te” Alex Britti “Sparirò" Luca Dirisio “Liberi di sognare" Gianluca Grignani “Vorrei avere il becco" Povia “L’uomo delle stelle" Ron “L’alfabeto degli amanti" Michele Zarrillo DONNE – VINCITRICE ANNA TATANGELO Fotos: Ansa “Processo a me stessa” Anna Oxa AFP “Com’è straordinaria la vita" Dolcenera “Tempesta” Simona Bencini “Essere una donna" Anna Tatangelo “Lei ha la notte" Nicky Nicolai “Noi non possiamo cambiare" Spagna GRUPPI – VINCITORI NOMADI “Dove si va” Nomadi Da sinistra, Victoria Cabello, Giorgio Panariello e Ilary Blasi, i conduttori del Festival “Svegliarsi la mattina" Zero Assoluto di Sanremo. A destra Vittoria Elena Risketa canta il brano che le ha fatto vincere il vece è finire il Festival con dignità artistica". I finalisti della 56ª edizione di Noa, Carlo Fava & Solis String concorso canoro nazionale Macedonia Sanremo sono: Dolcenera e Anna Tatangelo nella categoria "donne", Michele “Un discorso in generale" Quartet Zarrillo e Povia per "uomini", Nomadi e Zero Assoluto per "gruppi", e Simone Cristicchi e Riccardo Maffoni per la categoria "giovani". “Solo lei mi dà” Sugarfree contro i 54,69% di share e 16.599.000 spettatori conquistati la scorsa edizione da Paolo Bonolis. La finale del Festival targato Giorgio Panariello si risolleva negli ascol- “Un altro posto nel mondo" Mario Venuti & Arancia Sonora La seconda serata è stata segnata dalle scuse di Ilary Blasi per il se- ti, portando a casa una media ponderata del 48,23% di share. La serata è I ragazzi di Scampia con Gigi “Musica e speranza" no scoperto improvvisamente, e da quelle di Panariello per un ritmo che iniziata con lo spirito del Sanremo di una volta, quello bello ed elegante Finizio ‘Vorrei avere manca, non solo alla produzione ma anche alle canzoni, tutte di carattere di Domenico Modugno, autore di "Vecchio frac", canzone che viene inter- molto melodico. "Trovo che le pubblicità dentro al Festival siano mas- pretata da Giancarlo Giannini. Ma i veri protagonisti della serata sono gli GIOVANI – VINCITORE RICCARDO MAFFONI sacranti. È una delle cose che non faranno mai partire questo Festival. artisti che più e meglio di altri hanno fatto trionfare la musica italiana Anche volendo, è difficile, se lo show viene continuamente spezzettato. Si all'estero: i commendatori Laura Pausini ed Eros Ramazzotti e il Grand'Uf- “Rido…forse mi sbaglio” Ameba 4 perde il ritmo, il pathos e la grinta. Questi stop sono veramente troppi", si ficiale Andrea Bocelli. In realtà, “Nel tuo mare” Andrea Ori il becco’ vince difende il conduttore, mentre si dimentica che sono proprio le pubblicità anche Zucchero è stato nominato “Non dimentico più” Deasonika che rendono possibile il pagamento di superospiti, come ad esempio John Travolta, che avrebbe ricevuto niente meno che 400 mila euro. Insomma, Vittoria commendatore, ma non era pre- sente. Loro hanno ricevuto queste “Di luna morirei” Melena Hellwig “Con un gesto” Ivan Segreto tutte scuse, perché anche Bonolis aveva gli spot l’anno scorso. "Panariello, di Povia in onorificenze dallo Stato italiano e Festival di scenografia e canzoni non vanno", hanno dichiarato i membri della cate- per farne la consegna a Sanremo, “Irraggiungibile” L’aura goria dei pubblicitari. Per completare, il conduttore cerca di trovare altri motivi al fallimento, finendo per peggiorare ancora di più l’immagine di sé un festival il Presidente Carlo Azeglio Ciampi ha incaricato il sottosegretario al- “Sole negli occhi” Riccardo Maffoni “Che bella gente” Simone Cristicchi e del suo Festival. "Io vengo da un film, la Cabello da Mtv, la Blasi ha fatto avvelenato la Presidenza del Consiglio, Gianni “Davvero” Virginio Sanremo un bambino. Fateci prendere il passo. L’anno scorso Paolo Bonolis veniva Letta, che nel pomeriggio si era da una frequenza televisiva lunga, aveva il ritmo dentro l’orecchio". Ma dalle critiche. presentato come "un postino di lusso, lieto e onorato di essere “Capirò crescerai” “Preda innocente” Antonello Tiziano Orecchio Panariello non convince nessuno con tutte queste spiegazioni del perché dei brutti risultati. Per questa seconda puntata, un altro giro delle canzoni Onorificenze a Sanremo per la consegna delle “Un mondo senza parole” Monia Russo in gara, Francesco Totti in platea e l’attore Jesse McCartney come ospite. onorificenze". Mercoledì, pausa, va in onda la partita di calcio tra Italia e Germania. a Bocelli, Nella serata conclusiva del avere un becco". E' l’attrice Virna Lisi a consegnargli il premio, ma lui forse Giovedì, torna il Festival nella sua terza serata con un’ incredibile sfilata di Festival è stato Andrea Bocelli il non ci fa nemmeno troppo caso, data la sua grande commozione. Ringrazia Con metafora sulla fedeltà coniugale Povia batte ospiti. Ma Leonardo Pieraccio- Ramazzotti primo a cantare, interpretando subito il suo produttore e poi si rivolge alla sua compagna Teresa dicendole ni, Carlo Verdone, John Cena, "Il mare calmo della sera" e poi "Volevo dirti che ti amo e ti amerò per sempre e ti ringrazio di aver dato Nomadi, Anna Tatangelo e Riccardo Maffoni gli olimpionici di Torino 2006 e e Pausini con la popstar Christina Aguillera, alla luce una bambina bellissima come Emma. Dedico questa vittoria a tutti gli altri non sono bastati a duetta con "Somos novios". La sua mia mamma e mio papà, sono quarant'anni che stanno insieme, ma non li Ana Paula Torres far riprendere quota agli ascol- presentazione si conclude con "Be- vedo mai darsi un bacio, quindi papà, ti prego, alzati e dài un bacio alla Correspondente • ROMA ti, che si attestano in media sui cause we believe", scritta per le Olimpiadi di Torino 2006. Dopo arriva Eros mamma". Povia fa vedere a tutti la sua semplicità, proprio quella che il L 6.234.000 telespettatori con il Ramazzotti, che entra sul palco cantando "Terra promessa", con la quale cantante esprime nella sua canzone. Attraverso una metafora si serve dei La 56ª edizione del Festival della canzone italiana è iniziata con 33,49 % di share. vinse a Sanremo nel 1984, nella categoria "giovani". In seguito, esegue piccioni per parlare della fedeltà coniugale. "La struttura portante della un lungo monologo del conduttore Giorgio Panariello con tanto di Ormai arrivati sulla quarta "Una storia importante" e "Adesso tu", altri suoi due successi. Poi, inter- società è la famiglia, e se si sgretola questa struttura, si sgretola questa ringraziamenti e classiche battute. "Come prima cosa volevo rin- e penultima serata, Fabrizio preta "I belong to you" con Anastacia. Per concludere con i superospiti, società. Questo il senso della mia canzone. La gente, a certi valori ci ha graziare lo scenografo, Dante Ferretti, che ha fatto questo capola- Del Noce, direttore di Rai Uno, arriva Laura Pausini che canta alcuni dei suoi successi come "La solitudi- sempre creduto, nonostante la crisi degli affetti, dei sentimenti", spiega. voro straordinario che mi circonda". Poi, continua: "Immaginate la mia dichiara di non pensare più agli ne" e "Strani amori". Poi interpreta "She" di Charles Aznavour rivisitata Insomma, un risultato a sorpresa. Erano più favoriti i Nomadi con la emozione: questo palcoscenico è stato calpestato da Baudo, Buongior- ascolti, ma di voler concludere in italiano. Alla domanda di Panariello su di un sogno ancora irrealizzato, canzone "Dove si va" sulla guerra e la speranza. Il pubblico, con il televo- no, Corrado, Carrà. Qui è caduto Jovanotti, Benigni, e pure la spallina di la kermesse con dignità. "Fran- Laura confessa: "Essere madre e moglie. Ancora non ci sono riuscita, spero to, ha premiato la famiglia ed i sentimenti espressi nella canzone di Po- Patsy Kensit". E subito dopo, Panariello ha chiamato sul palco del teatro camente ci aspettavamo qual- che accada presto". Intanto una cosa davvero bella accade, quando la Pau- via invece delle radici operaie della "rossa" Emilia Romagna dei Nomadi, Ariston di Sanremo le sue compagne femminili di avventura, Ilary Blasi, cosa di più per come la serata sini ed Eros Ramazzotti, prima della proclamazione del vincitore, eseguono storico gruppo italiano che è tornato a Sanremo dopo 35 anni dall’ultima moglie del calciatore romano Francesco Totti, e Victoria Cabello. Final- è stata costruita, per il buon insieme "Nel blu dipinto di blu" nell'arrangiamento originale di Modugno. partecipazione. Ormai è finita la 56ª edizione del Festival della canzone mente si parte con la presentazione delle canzoni in gara, mentre l’ospi- risultato dal punto di vista ar- Finalmente arriva il verdetto. Vincono Anna Tatangelo, Povia, i Nomadi italiana. Tra un anno vedremo cosa succederà alla prossima kermesse che te di onore della serata è l’attore John Travolta. L’audience si rivela una tistico, ma gli ascolti non sono e Riccardo Maffoni nelle varie categorie in cui è stato suddiviso il Festival, tornerà alla conduzione di Pippo Baudo, un presentatore non certo alle grande delusione per la Rai, con 44,45% di share e 9.141.000 spettatori, più il nostro obiettivo, che in- mentre il grande vincitore del Sanremo 2006 è Povia con la canzone "Vorrei prime armi nel calcare il palcoscenico dell’Ariston. 14 COMUNITÀ ITALIANA / MARÇO 2006 MARÇO 2006 / COMUNITÀ ITALIANA 15
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